Brasil já utiliza o tomógrafo mais rápido do mundo; fomos conferir

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Imagem: TecMundo

Quem já teve que enfrentar um exame de tomografia sabe o quanto o procedimento pode ser incômodo. É necessário ficar deitado – praticamente imóvel e com a respiração controlada – por pelo menos 15 minutos para que a máquina consiga obter boas imagens do coração. Afinal, o tomógrafo deve ser encarado como uma câmera fotográfica: quanto menos o paciente se movimentar, mais nítidas serão as fotos capturadas pelo equipamento.

Felizmente, uma invenção da GE Healthcare (divisão de medicina da General Electric) pode mudar esse cenário. Apresentado pela primeira vez em 2013, o Revolution CT é simplesmente o tomógrafo mais rápido do mundo – ele consegue capturar imagens detalhadas do interior do corpo humano na velocidade de um único batimento cardíaco. Em comparação, tomógrafos tradicionais precisam usar de cinco a treze batimentos.

A primeira clínica brasileira a adquirir um Revolution CT foi a Alta Diagnósticos, localizada em São Paulo capital. “Adquirimos o produto no ano passado e ele começou a ser usado em outubro”, afirma o Dr. Roberto Caldeira Cury, responsável pelos exames de tomografia e ressonância cardíaca da instituição. De acordo com o profissional, são feitos entre 100 e 120 tomografias por mês usando o equipamento.

“Temos direcionado para cá todos os exames mais avançados por causa dessa nova tecnologia. É um tomógrafo mais rápido, com maior cobertura e que nos permite fazer exames em pacientes que não faríamos com tomógrafos tradicionais, como crianças que se mexem muito ou idosos que não conseguem prender a respiração”, explica. “A aquisição das imagens é tão rápida que, mesmo com o paciente se movimentando, nós conseguimos fazer um diagnóstico”.

Bom para médicos e pacientes

O TecMundo esteve presente na clínica e viu de perto o Revolution CT – que, em termos visuais, não difere muitos dos tomógrafos que estamos acostumados a ver. As diferenças estão mesmo é no interior da máquina. O aparelho conta com sistemas de correção de imagem para estabilizar as “fotografias” dos órgãos e uma tecnologia batizada de Whisper Drive, que deixa o exame bem mais silencioso e amigável para bebês.

“A dose de radiação de um tomógrafo comum varia de 7 a 11 mSv (mili Sivert), e todos os nossos exames com o Revolution CT não passaram de 1,5 mSv”, comenta Cury, elogiando a baixa emissão de radiação do produto. “Outro destaque é a possibilidade de fazermos o exame de perfusão dinâmica pelo aparelho, não só do coração, mas de articulações e outros órgãos Estamos tendo um retorno muito positivo dos cardiologistas, que se impressionam com a qualidade das imagens e acurácia dos diagnósticos”, finaliza.

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