Review: sistema operacional Mac OS X Mavericks

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(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

Em outubro deste ano a Apple liberou para os seus consumidores uma nova atualização do Mac OS X, o Mavericks. Sem grandes mudanças visuais, a nova versão do sistema operacional trouxe uma série de novidades bem como tecnologias inéditas na plataforma visando o menor consumo de energia.

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Pela primeira vez na história da empresa, a atualização foi liberada gratuitamente para todos aqueles que possuíam a versão 10.8 (Mountain Lion) instalada. Testamos as principais novidades do sistema operacional e revelamos as nossas impressões sobre as mudanças no Mac OS X.

Download e instalação

A ideia de disponibilizar uma atualização gratuita é de possibilitar que o sistema operacional tenha uma taxa de adoção mais rápida por parte dos consumidores. A exemplo do que acontece com o iOS, em que em apenas 10 meses 93% dos clientes já tinham acesso à versão mais recente do SO, a ideia é que o Mavericks ultrapasse a marca de 35% de adoção em quatro meses alcançada pelo Mountain Lion.

Para fazer o download é preciso acessar a Mac App Store e baixar o conteúdo. Assim como no Mountain Lion, não há mais versões físicas do software para compra. O pacote de arquivos ocupa  5,29 GB de espaço em disco e, após o download, o processo de instalação leva de 30 a 40 minutos.

As novidades do Mac OS X Mavericks

iBooks agora no computador

Integrar cada vez mais o iOS com o Mac OS é um dos principais sonhos da Apple, e o lançamento do Mac OS X Mavericks é mais uma passo nessa direção. Uma das atrações dessa versão é a disponibilidade do app iBooks para Mac. Agora você pode ter acesso aos seus livros e a todas as opções listadas na iBook Store direto no computador.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

A principal vantagem para o consumidor é a possibilidade de comprar um livro e tê-lo disponível para leitura no iPad, no iPod Touch, no iPhone e também no Mac. Tudo isso de forma sincronizada e integrada ao iCloud. Adicionar anotações e marcações também ficou muito mais fácil, uma vez que os recursos de teclado se mostram mais adequados para essa finalidade.

Por fim, para aqueles que utilizam o iBooks para estudo, a versão para Mac OS X permite abrir mais de um livro de forma simultânea. Ou seja, na prática é como se você espalhasse na tela todos os livros que precisa, ocupando menos espaço físico e editando as informações de forma mais organizada. 

Mapas integrado ao iPhone

O aplicativo Mapas não está entre as melhores opções do seu segmento. Mesmo os usuários de iPhone preferem o Google Maps ao Maps da Apple, uma vez que a ferramenta da concorrente já está consolidada, trazendo muito mais ferramentas e opções de integração com outros aplicativos e serviços.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Entretanto, seguindo uma tendência também adotada pela Microsoft no Windows 8.1, o Mapas passa a ser integrado ao sistema operacional. Na prática, agora você pode pesquisar uma rota no notebook e acessar o itinerário salvo diretamente no iPhone.

O recurso Flyover, que permite sobrevoar cidades construídas em 3D, realmente funciona de forma muito melhor no computador do que nos portáteis, graças à melhor capacidade de processamento. É inegável que o visual da ferramenta é um dos seus principais diferenciais, mas no quesito precisão a Apple ainda tem que trabalhar um pouco mais.

Novo visual do Calendário

Criar e editar conteúdo usando a ferramenta Calendário ficou mais fácil. Ao adicionar um evento, o próprio SO sugere opções complementares para a sua informação, como o link de localização de um estabelecimento no Mapas, tempo de trajeto em uma viagem ou integração com eventos confirmados pelo Facebook.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

As ferramentas de preenchimento automático permitem que até mesmo seja possível inserir um pequeno mapa no quadro de avisos. Ao usar o zoom out para visualização por mês em vez de semanas ou dias, as informações são comprimidas em pequenos tópicos, tornando tudo mais organizado e fácil de ser localizado.

Safari: mais rápido e mais econômico

A adição de uma barra lateral e recursos que permitem ao navegador consumir menos energia são as grandes novidades da Apple para o Safari. Neste nova versão o compartilhamento de conteúdo se tornou mais acessível, integrando redes como o Twitter e o LinkedIn. Não é preciso clicar nas URLs; basta passar o mouse sobre elas para visualizar a página de destino.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Além dos “Shared Links”, a barra lateral conta ainda com a “Reading List”, local em que você pode ter acesso aos feeds assinados. Por fim, a opção “Bookmarks” também foi parar nesse espaço, permitindo que o usuário visualize o conteúdo de forma mais ágil.

Em termos técnicos houve mudanças também na codificação do browser, que recebeu melhorias. Segundo a Apple, é possível navegar por até uma hora a mais, consumindo o mesmo de bateria numa comparação direta com o Google Chrome ou com o Mozilla Firefox. As otimizações na execução de JavaScript também tornaram o navegador pelo menos seis vezes mais rápido do que a sua versão anterior.

Criptografia segura via iCloud

Assim como no iPhone 5S, a preocupação com a segurança tem sido uma das apostas da Apple para os seus dispositivos e softwares. Você pode autorizar o seu computador a manter alguns dados para os campos de formulário salvos no iCloud.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

A vantagem é que caso o notebook esteja sincronizado com outro aparelho, é possível ter acesso rápido às informações sem precisar digitar tudo novamente. Os dados são protegidos com a criptografia AES 256 bits, que garante mais segurança e proteção para o usuário.

Na prática, a ferramenta não traz muitas novidades. Basicamente ela não vai mudar a maneira como você utiliza os seus programas. Entretanto, o modo de criptografia se mostra eficiente e seguro, e é justamente nele que reside o principal diferencial desse recurso.

Múltiplos monitores

Para quem trabalha com mais de um monitor as diferenças do Mavericks são notáveis. A nova versão do sistema permite que cada monitor exiba uma barra de menu e um Dock. Essa opção agora é padrão e não requer nenhum tipo de configuração.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Arrastar apps em funcionamento de uma janela para outra também se tornou uma tarefa descomplicada. Essa ação pode ser feita por intermédio do Mission Control. Por fim, para quem utiliza o recurso AirPlay, é possível transformar uma TV ligada à Apple TV em um monitor adicional. Nada muito novo, é bem verdade, mas as novas ferramentas tornam mais prática a utilização dos recursos.

Notificações

O sistema de notificações é outro grande atrativo desta versão do sistema operacional. Emails, mensagens e chamadas em vídeo via FaceTime agora surgem destacadas em caixas de diálogo suspensas no canto da tela. A ideia é que os softwares de comunicação possam dividir espaço com outros aplicativos de forma mais dinâmica.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Mesmo atualizações de sites podem ser configuradas para aparecer como alertas na lateral da tela, não sendo necessário que nem mesmo o navegador esteja aberto. Caso você esteja ausente, ao retornar para o trabalho o histórico de notificações é recuperado, fazendo com que você não perca nenhuma mensagem.

Mais organização no Finder

Se o Finder já era uma ferramenta importante para os usuários de Mac OS X, com o Mavericks sua utilidade aumentou ainda mais. Agora é possível criar abas para organizar o seu trabalho. Cada uma delas pode ter a sua visualização personalizada, seja com ícones, listas ou colunas.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Etiquetas coloridas

Um segundo nível de organização de conteúdo foi adicionado ao software, por meio das etiquetas. As populares tags podem agrupar conteúdo similares, facilitando a localização dentro das pastas. Um mesmo arquivo pode receber mais de uma etiqueta e cada uma delas é exibida com uma cor diferente.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Mais desempenho e economia de energia

Não foram apenas os aparelhos da Apple que receberam atualizações visando oferecer um melhor gerenciamento de bateria e, consequentemente, uma maior economia de energia. Com o Mavericks, a empresa também apostou as suas fichas nessas características, numa tentativa de otimizar o desempenho mesmo das máquinas que já estão há um bom tempo em execução.

Em nossos testes, em termos práticos, a diferença foi pouco significativa, mas pode ser constatada. O consumo de energia de fato diminuiu e o sistema operacional parece ainda mais estável.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

O recurso Timer Coalescing permite que o SO agrupe as operações menos complexas, criando intervalos de tempo ocioso para que a CPU possa economizar energia. Segundo a Apple, essas características podem impactar em uma redução de até 72% das atividades.

Já o recurso App Nap deve dividir opiniões. Por padrão, ele deixa mais lentos – ou focados apenas nos recursos essenciais – os apps que estão sendo executados em segundo plano. Se por um lado isso é ótimo pensando no app que está em execução, por outro aqueles que costumam baixar muitos arquivos podem estranhar velocidades mais lentas nos aplicativos secundários.

(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

Por fim, a compactação de memória é outro dos destaques do Mavericks. Ao se aproximar da capacidade máxima de memória, o OS X compacta os dados de apps inativos automaticamente, deixando mais espaço disponível. Essa capacidade de resposta é até 40% mais rápida e a velocidade de ativação é até 50% mais veloz.

Vale a pena?

A resposta para essa pergunta é bastante óbvia: sim, é claro que vale a pena baixar a atualização Mavericks do Mac OS X. O primeiro e principal aspecto que contribui para isso é o fato de, pela primeira vez, a Apple liberar uma atualização de sistema operacional de forma gratuita.

Mesmo o preço da penúltima atualização lançada (o Mountain Lion, que custava US$ 19,99) não seria muito para justificar as melhorias, em especial as que dizem respeito às atualizações que afetam diretamente o modo de gerenciamento de energia.

Nesse ponto, ao menos em nossos testes, as melhorias puderam ser percebidas, ainda que não de forma significativa. Por outro lado, a adição de novos apps plenamente integrados com os dispositivos móveis é bem-vinda, acrescentando muito em termos de produtividades para o usuário.

Por fim, os novos sistema de notificação aliados às soluções seguras de criptografia de dados fazem do Mavericks uma atualização competente para o Mac. O sistema operacional, acima de tudo, continua sendo um dos grandes diferenciais do produto. A similaridade, cada vez maior, entre o Mac OS X e o iOS levam a crer que é uma questão de tempo até que ambos se tornem uma coisa só.

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