FBI pode ter descoberto como hackear iPhone de atirador sem ajuda da Apple

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Parece que a equipe da FBI está em dia com as técnicas hacker, ou melhor, os contatos que acham pessoas com essa competência. Um grupo ligado à organização pode ter descoberto como hackear um iPhone sem precisar da ajuda da Apple. O aparelho em questão pertence a Syed Farook, um dos atiradores que participaram dos ataques em San Bernardino, na Califórnia, EUA, em que 14 pessoas morreram. A tragédia ocorreu em dezembro do ano passado.

Em um documento da corte protocolado na última segunda-feira, 21, o governo diz que “um serviço terceiro demonstrou ao FBI um possível método de desbloquear o iPhone de Farook”. De acordo com o registro, “testes são exigidos para determinar se o método é viável e não vai comprometer os dados no iPhone de Farook. Se for viável, elimina a necessidade da assistência da Apple”.

E quem é esse “grupo terceiro”?

Não há indicação de quem possa ser esse participante externo no esquema para hackear o iPhone. Os promotores públicos disseram que o FBI ficou sabendo da nova técnica no domingo. Então, o governo entrou em contato com a Apple na tarde da segunda-feira, apenas algumas horas após a Maçã terminar de apresentar o iPhone SE em evento conduzido por Tim Cook, CEO da gigante.

O curioso é que, nesse mesmo evento, o executivo citou a disputa da empresa com o órgão investigador e disse acreditar que é responsabilidade da Apple proteger a privacidade de seus usuários. “Não vamos abdicar de nossa responsabilidade”, afirmou.

Em um comunicado, um porta-voz da Justiça norte-americana também deu parecer sobre o caso. “Nossa prioridade máxima sempre foi obter acesso ao aparelho utilizado pelo terrorista de San Bernardino. Com esse objetivo em mente, o FBI continuou seus esforços sem a assistência da Apple, mesmo durante um mês de processo com a empresa. Como resultado desses esforços, um grupo externo demonstrou ao FBI um possível método de desbloquear o celular. Primeiramente, precisamos testar esse método para assegurar que ele não destrua os dados no celular, mas estamos otimistas. Esse foi o motivo pelo qual pedimos à corte para nos dar mais tempo de explorar essa opção. Se essa solução funcionar, vai permitir que busquemos informações no telefone e continuemos nossa investigação no ataque terrorista que matou 14 pessoas e feriu outras 22”, disse o comunicado.

Resta aguardar. O fato é que isso acirra ainda mais a briga da Apple contra o FBI. Será que o tal grupo hacker “terceiro” é capaz de invadir o celular do atirador?

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