Deu zebra! Este é o livro que julga leitores com base em expressões faciais

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Todos já ouvimos o chavão “não julgue um livro pela capa”. Mas e se a capa de um livro for capaz de julgar O leitor? Pois é esta a proposta de Thijs Biersteker, design da agência Moore. Sob o nome “The Cover Thaht Judges You” (“a capa que julga você”, em tradução direta), o livro possui uma tranca que se abre apenas se expressões faciais neutras forem feitas.

“Há muito julgamento pelo mundo – todos são críticos. As pessoas deveriam apreciar as coisas sem julgar instantaneamente o que veem”, explica Biersteker. A mensagem que o protótipo quer passar depende completamente da forma com que os leitores se aproximam da obra. Conforme explica o designer, “se você estiver muito entusiasmado, a capa não vai se abrir. Mas se seu rosto estiver com uma expressão neutra, o livro vai ser destravado”.

O futuro

A invenção de Biersteker pode parecer bizarra e sem sentido. Mas produtos capazes de avaliar as emoções de seus usuários podem estar prestes a se tornar comuns mercado afora. De acordo com um artigo recentemente publicado pelo The Wall Street Journal, um grupo de startups está criando bases de algoritmos que se correspondem às expressões humanas.

Os dados coletados estão sendo usados para “fins de pesquisa”, mas especula-se fortemente que fabricantes de produtos e prestadoras de serviços logo terão acesso às informações para avaliar tendências de clientes. A companhia de segurança Eyeris, por exemplo, chegou a testar um software que “julgava o comportamento em potencial” de clientes por imagens de câmeras de um shopping.

 Debates sobre a possível implementação de sistemas capazes de fazer julgamentos têm sido feitas também sobre o segmento dos mobiles. Câmeras que leem a ação dos olhos de usuários (como do Amazon Fire Phone) poderão detectar no futuro quais anúncios chamam mais a atenção das pessoas. Segundo o Journal, a Affectiva trabalha em uma plataforma atrelada a um serviço de chamadas em vídeo (OoVoo) que poderá determinar “estados emocionais”.

Seria hora de repensar o tão popular ditado? Grandes mentes do mundo da tecnologia acreditam que a inteligência artificial é uma ameaça à humanidade. Livros poderão um dia dizer: “não julgue um humano pela expressão”?

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