Um estudo levantou preocupações sobre a efetividade das políticas do Google em relação à publicidade em conteúdos que negam a existência e as causas do aquecimento global e das mudanças climáticas. A pesquisa, divulgada recentemente, foi realizada pelo Center for Countering Digital Hate e Climate Action Against Disinformation.
A promessa feita pela empresa em outubro de 2021 era impedir que os autores de falsas alegações ganhassem dinheiro nas suas plataformas. No entanto, a pesquisa aponta que 63% dos artigos populares de negação do clima exibem anúncios do Google.
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Os pesquisadores destacam que é difícil avaliar a extensão da desinformação no YouTube, já que assistir a vídeos é um trabalho demorado e eles têm acesso limitado aos dados. No entanto, encontraram 100 vídeos que divulgavam conteúdo negacionista sobre o clima e somavam mais de 18 milhões de visualizações.
A presença de anúncios de grandes marcas como Adobe, Nike, Calvin Klein e Emirates em vídeos com conteúdo negacionista do clima foi anotada. Durante o período do estudo, o YouTube chegou a remover oito vídeos com esse tipo de informação, o que foi considerado insuficiente pelos pesquisadores.
Mudança nas políticas do Google
O Google continua ganhando com anúncios que divulgam fake news sobre mudanças climáticas. (Fonte: Friends of Earth/Divulgação)Fonte: Friends of Earth/Divulgação
Embora as políticas do Google afirmem que os anúncios não são permitidos em vídeos "contradizendo o consenso científico autoritativo sobre a existência e causas das mudanças climáticas", o estudo defende que medidas mais efetivas sejam tomadas para impedir o impulsionamento do conteúdo negacionista.
Os pesquisadores defendem que a big tech adote a definição completa de desinformação climática do CAAD, que inclui a deturpação de dados científicos, publicações de falsos esforços para atingir as metas climáticas e a negação do impacto das atividades humanas nas mudanças do clima.
Fontes