App paga até US$ 250 por dia para transmissão ao vivo de crimes

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Imagem: Citizen/Reprodução

O aplicativo Citizen está recrutando usuários que possam transmitir, ao vivo, crimes e emergências em Nova York e Los Angeles. Os interessados podem receber entre US$ 200 e US$ 250 por até 10 horas diárias de trabalho, durante cinco dias da semana.

Os eventos podem variar de “crianças desaparecidas” a até incêndios e cenas de crimes em andamento. Neste último caso, o app ressalta que os usuários devem ficar atrás da fita policial. O Citizen espera, ainda, que as pessoas interroguem policiais e testemunhas.

Desde seu início, o aplicativo tem câmeras pagas, conhecidas como “Street Teams”. O app possui 12 membros da equipe em “algumas cidades”. A empresa descreve a missão da equipe de rua como um modelo de "práticas de transmissão responsável", demonstrando como transmitir "de uma forma eficaz, útil e segura".

Vigilante Citizen

 Crimes, incêndios e outras emergências podem ser acompanhadas ao vivo pelo Citizen. (Fonte: Citizen/Reprodução) Crimes, incêndios e outras emergências podem ser acompanhadas ao vivo pelo Citizen. (Fonte: Citizen/Reprodução)Fonte:  Citizen/Reprodução 

O aplicativo Citizen foi lançado originalmente como Vigilante, mas foi banido da App Store, o que motivou um rebranding. Em 2017, foi relançado como um aplicativo para alertar as pessoas sobre emergências nas proximidades e registrar os incidentes em nome da transparência.

No entanto, críticos apontam que o app tem como objetivo lucrar com a sensação de insegurança. O serviço Protect da empresa custa US$ 20 por mês e promete monitoramento ao vivo e um guarda-costas digital, que pode ser acionado com uma palavra de segurança para direcionar os serviços de emergência para a localização do usuário.

Acusação injusta

No final de 2020, o Citizen acusou injustamente um homem da Califórnia de iniciar um incêndio florestal, oferecendo uma recompensa de US$ 30 mil para encontrá-lo, em uma ação que foi condenada por vários especialistas em justiça criminal.

O suspeito, que é um morador de rua, foi detido por oficiais, que descobriram que não havia provas suficientes. No entanto, o nome e imagem do homem já tinham sido compartilhados e vistos por mais de 800 mil pessoas.

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