Trump pode expulsar 800 mil imigrantes e é rechaçado pelo Vale do Silício

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O Vale do Silício está rechaçando o governo Trump depois que foi anunciado (4) o encerramento do programa de proteção a jovens imigrantes conhecido como DACA nos EUA. O “Deferred Action for Childhood Arrivals”, ou “Ação Diferenciada para Chegadas na Infância”, como o nome sugere, trata de forma diferente crianças que chegam ilegalmente aos Estados Unidos, trazidos por seus pais.

Quando foi oficializado, o programa incentivou mais de 800 mil crianças e jovens a sairem do anonimato e começarem a viver suas vidas de forma “quase legalizada” no país. Atualmente, muitas dessas pessoas já concluíram o ensino superior em universidades norte-americanas e trabalham em todos os segmentos da economia do país, inclusive em tecnologia.

Por conta disso, presidentes de grandes empresas como Google, Apple, Facebook e diversos outros grandes nomes do segmento estão manifestando repúdio a Trump e seu governo pela decisão.

Vale do Silício pede uma solução

O DACA é um programa institucionalizado por decreto presidencial e nunca se transformou em lei. Por isso, apenas uma decisão de Trump basta para expulsar do país as 800 mil pessoas que vivem atualmente sob a proteção do programa. Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, classificou a medida como “cruel”.

“A decisão de finalizar o DACA não é apenas errada. É especialmente cruel oferecer a jovens ilegais a possibilidade do ‘sonho americano’, encorajá-los a sair das sombras, a confiar no nosso governo e, em seguida, puni-los por isso”, escreveu Zuckerberg em uma publicação em sua rede social.

O CEO da Apple, Tim Cook, enviou uma carta de apoio aos funcionários da Apple que são protegidos atualmente pelo DACA e podem acabar sendo deportados caso nenhuma solução seja encontrada.

“Dreamers — como são conhecidos os imigrantes DACA — contribuem para nossas empresas e nossas comunidades tanto quanto eu e você. A Apple vai lutar para que eles sejam tratados como iguais."

O atual CEO da Google, Sundar Pichai, pediu que o congresso norte-americano aja e encontre uma solução imediata para o problema. De outra forma, essas pessoas enfrentarão a possibilidade de deportação em seis meses a partir de ontem.

"Dreamers são nossos vizinhos, nossos amigos e nossos colegas de trabalhos. Aqui é o lar deles. O congresso precisa agir agora."

Presidentes e representantes de Microsoft, Uber, Y Combinator, Airbnb, Salesforce, eBay, IBM, além de uma série de outras empresas compartilharam mensagens semelhantes nas redes sociais e afirmaram que estão contribuindo com uma organização que luta pelos Dreamers. Ainda não há nenhum resultado aparente da mobilização popular em torno da medida nos EUA, mas os protestos online e presenciais continuam.

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