Profissionais relatam como é ser despedido da Google

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Considerado por diversas publicações como um dos melhores lugares do mundo para trabalhar, a Google conserva há anos uma ótima imagem no mundo profissional. No entanto, isso não significa que a companhia não tenha problemas comuns a qualquer empresa e, vez ou outra, se veja forçada a despedir alguns de seus empregados.

Alguns ex-funcionários da empresa aproveitaram o espaço cedido pelo Quora para relatar suas experiências com a Gigante das Buscas. Entre eles está Grigory Yakushev, que contou como uma mudança de área de atuação fez com que seu rendimento despencasse, o que rendeu a ele o fim de seu emprego.

“Buscas são o maior e mais complexo produto da Google, e as pesquisas semânticas (a coisa que vai te dar uma resposta direta à questão em vez de links) tem um dos times mais inteligentes”, explicou ele. “Com o cansaço que eu estava sentindo minha performance não somente não se recuperou — ela foi ainda mais ladeira abaixo”.

Segundo ele, a Google gentilmente deu a entender que ele deveria se retirar da companhia, oferta que foi recusada por Yakushev — que não queria abrir mão de seu generoso salário. “Em março eu fui colocado no PIP (Plano de Melhoria de Performance). É um acordo formal que eu devo produzir certos resultados em dois meses”, explicou. “Depois de uma semana ficou óbvio que eu não conseguiria isso”.

“Tive uma nova conversa com o RH e com o diretor, e fui ameaçado de ser despedido com um termo de ‘Conduta Muito Inadequada’ (sem benefícios ou aviso prévio). Aparentemente meu gerente e meu diretor decidiram que eu estava brincando com o sistema e estava explorando a companhia sem me esforçar no trabalho”. Pouco depois disso, ele foi oficialmente dispensado.

Fim de contrato em maus termos

No relato de Michael O. Church, ele deixa claro que o fim de seu período na companhia ocorreu em termos “longe do ideal”. Segundo ele, uma das coisas mais prejudiciais a uma carreira é ser demitido do Google em pouco tempo, já que a companhia tem a reputação de ser um ótimo lugar para trabalhar.

“Você nunca deve falar mal de um ex-empregador por rancor, mas se você fica em um lugar por menos de 12 meses, então na maior parte das circunstâncias ou você ou o empregador vai parecer mal, e seu trabalho é fazer com que sejam eles (mas, ao mesmo tempo, não pode parecer que você está aproveitando isso, mas sim listando fatos que lhe sejam favoráveis)”, afirmou.

“As pessoas vão perguntar, após uma incursão curta e mal sucedida na Google, como você conseguiu ter uma má experiência lá. Dessa forma (e de outras) a reputação impresionante da empresa (talvez refletindo o que ele era em 2007) acaba sendo detrimental”, complementa.

Por fim, Joel Johnson conta que o tratamento recebido dentro da companhia fez com que ele decidisse deixar seu cargo após um período de somente quatro meses. “Eu era seguido, sabotado e assediado diariamente e eventualmente cansei disso”, contou. “Eu suponho que eles riram por último (assim como antes, tanto no começo quanto no meio), no entanto, já que eu magicamente fui considerado 'insano'". Segundo ele, mesmo após cinco anos longe da empresa, isso faz com que ele ainda tenha pensamentos intrusivos e desconcertantes.

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