Brazuca: entenda a tecnologia por trás da bola da Copa do Mundo de 2014

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Imagem: FootyHeadlines

A Copa do Mundo de Futebol de 2014 está cada vez mais próxima, de modo que os detalhes da competição ficam cada vez mais evidentes. Desse modo, você já deve saber que a bola a ser utilizada no Brasil se chama Brazuca e é feita pela Adidas — empresa que já fabricou 12 bolas para o mundial de futebol ao longo dos anos.

Assim como você pode conferir na imagem acima, a Brazuca é bem colorida, fazendo alusão às fitas da sorte do Senhor do Bonfim da Bahia — há também a intenção de simbolizar a alegria e paixão do futebol brasileiro. No entanto, você já parou para se perguntar qual é a tecnologia empregada na fabricação dessas bolas?

Pois acontece que a Adidas realmente se empenhou na fabricação da Brazuca, principalmente pelo fato de que a empresa levou em consideração as críticas feitas a Jabulani, bola usada em 2010. Na época, diversos jogadores afirmaram que a trajetória da “redonda” era imprevisível, de modo que a companhia investiu para que a Brazuca fosse um produto estável.

Vamos aos detalhes...

A maior diferença da Brazuca para as outras bolas de Copa do Mundo é o número de gomos utilizado: seis painéis em forma de hélices — bolas convencionais contam com 32. Além disso, esses “pedaços” foram unidos uns aos outros através de um processo que utiliza calor, dispensando o uso de linhas em costuras.

A Brazuca ao lado de outras bolas da Adidas fabricadas para mundiais de futebol.

Além disso, o material utilizado na superfície do produto é novo e conta com mais protuberâncias. Assim como afirmam os estudos de Simon Choppin, da Universidade Sheffield Hallam (Inglaterra), essas características influenciam em algo bem importante para as bolas de futebol, a rugosidade — algo que pode ser explicado brevemente como a habilidade de “agitar” o ar.

Algo que gera estabilidade

Quando uma bola tem um grau de rugosidade baixo, ela sofre de algo que é chamado de knuckling effect. Esse efeito consiste no desvio da trajetória da bola por conta da resistência do vento quando ela atinge uma certa velocidade — e foi exatamente essa característica que gerou tantas críticas à famosa Jabulani, já que ela era "desviada" da sua trajetória inicial.

Jogadores com a Brazuca no dia do seu lançamento.

De acordo com as afirmações de Rabi Mehta, da NASA, a Brazuca deve começar a encarar esse problema a 48 km/h, comportamento parecido com o de bolas com 32 gomos. Além disso, a rugosidade também permite que as bolas sejam chutadas de distâncias maiores, o que possibilitaria uma quantidade maior de jogadas de fora da grande área, por exemplo.

O caso contrário...

Enquanto uma bola com baixa rugosidade gera o knuckling effect, uma com rugosidade alta vai trabalhar com o que é chamado de Efeito Magnus. Mehta explica que isso acontece quando as “redondas” apresentam um movimento de rotação, gerando uma trajetória curva ao viajar em diferentes velocidades e encarar pressões variadas.

Por fim, sabe-se também que a Brazuca é revestida com poliuretano, material artificial e que torna a bola impermeável. Com isso, em caso de chuvas, a massa do produto não muda e os jogadores podem continuar a chutar e a pensar nos efeitos que devem ser feitos da mesma maneira feita em dias quentes ou apenas sem precipitações.

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