Facebook quer hospedar nativamente conteúdo de grandes portais de notícias

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O New York Times publicou ontem (23) uma matéria revelando que o Facebook está tentando convencer pelo menos seis grandes portais de notícias a hospedarem seu conteúdo diretamente dentro da rede social criada por Mark Zuckerberg.

Entre eles estariam o próprio NYT, Buzzfeed, National Geographic e The Huffington Post. A razão dada para isso seria acelerar o acesso dos usuários às notícias e, consequentemente, o compartilhamento da informação. O modelo atual “obriga” o leitor interessado em um texto a clicar em um link que leva para um navegador fora do Facebook e aguardar um tempo médio de oito segundos até que todo o conteúdo seja carregado.

Para os representantes da companhia de Zuckerberg, isso é tempo demais, o que acaba fazendo com que o utilizador prefira passar para um próximo post e deixe aquele assunto de lado. A ideia da hospedagem nativa na rede social, no entanto, tem encontrado resistência por parte dos veículos de mídia.

Vantagem unilateral

De acordo com pessoas que se mantiveram anônimas devido a contratos de confidencialidade firmados no início das conversas, o tempo de carregamento demasiado longo dessas notícias se deve aos anúncios espalhados pelos sites de notícias, principal fonte de rendimentos da maior parte deles.

Se os usuários permanecerem no Facebook para terem acesso à informação em vez de visitarem as páginas desses portais, estes últimos não só perderiam investimentos publicitários como também deixariam de coletar diversas informações a respeito de sua audiência, que são usadas justamente para selecionar o conteúdo das notícias em si. Em teoria, não há vantagem em se fazer isso.

O contra-argumento dos representantes da rede social é que essas matérias ganhariam mais visibilidade dentro das timelines de seus usuários do que fora delas, da mesma forma que os vídeos nativos do Facebook têm mais audiência do que links que levam para o YouTube, por exemplo.

A empresa californiana, no entanto, não é conhecida por partilhar seu tráfego de dados, informação que seria vital para que os veículos de comunicação com quem está negociando considerassem mais favoravelmente a proposta.

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