Após compra, Facebook deve reformular hardware e imagem do Oculus Rift

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(Fonte da imagem: Reprodução/Gamespot)

O mundo da tecnologia foi pego de surpresa ontem quando Mark Zuckerberg anunciou em seu perfil oficial que o Facebook havia comprado por US$ 2 bilhões a empresa Oculus VR. Seguindo a onda de novidades que devem chegar nos próximos dias sobre os planos da companhia para sua mais recente aquisição, novas informações indicam que o Oculus Rift, carro-chefe da desenvolvedora, sofrerá uma remodelagem nas mãos de seu novo dono.

De acordo com uma fonte do New York Times, o Facebook tem planos para redesenhar o hardware do Oculus e reformular a imagem e marca do produto com uma nova interface e novo logotipo. O informante não pode revelar sua identidade, mas aparentemente tem fortes ligações com uma das empresas e vem acompanhando as negociações de perto.

Uma parceria promissora

Mark Zuckerberg disse que o acordo reflete sua crença de que a realidade virtual pode ser a próxima grande plataforma de comunicação depois do mobile, tecnologia na qual o Facebook gastou a maior parte de seus últimos anos investindo — e obtendo êxito. Ele também disse que as pessoas gastam 40% do seu tempo online jogando e 40% se comunicando socialmente. “Nós precisamos fundir as duas coisas”, completou o empresário.

Já Brendan Iribe, cofundador e chefe executivo da Oculus VR, falou que o Facebook poderá usar o Rift para criar interação entre avatares que representem seus usuários. “Se você vê alguém e seu cérebro acredita que essa pessoa está bem na sua frente, você se arrepia. Então você começa a perceber o quão grande tudo isso pode vir a ser.”

“Nós começamos nos focando em uma experiência com games da próxima geração. Agora nós estamos nos unindo ao Facebook para criar o futuro”, comentou Iribe, demonstrando entusiasmo.

O fundador da Oculus VR, Palmer Luckey, também se pronunciou, falando que os recursos e o grande número de usuários do Facebook podem dar a essa tecnologia o apoio que ela nunca conseguiu antes. “Esta é a melhor chance que a realidade virtual já teve e, provavelmente, ela nunca terá outra igual.”

Nem todos ficaram felizes com a notícia

Com a venda da empresa, alguns planos anteriores sofreram mudanças, como é o caso da parceria que Oculus VR planejava consolidar com o estúdio Mojang Specifications, para a criação de uma versão do famigerado Minecraft a ser usada com o Rift. Marcus “Notch” Persson, presidente da desenvolvedora de games sueca, demonstrou descontentamento ao saber da compra por Zuckerberg. “Estávamos em negociação para talvez trazer uma versão de Minecraft para o Oculus. Eu acabei de cancelar o acordo. O Facebook me assusta”, escreveu em seu perfil do Twitter.

Alguns especialistas também não se empolgaram muito com a situação. James McQuivey, analista da empresa de pesquisa em tecnologia Forrester Research, questionou a estratégia do Facebook ao comprar a empresa, pois ele não acredita no uso da realidade virtual além da aplicação em games.

Brian Blau, analista da empresa de consultoria em tecnologia Gartner, diz ter trabalhado com realidade virtual por duas décadas e que, apesar de sempre surgir uma onda de expectativas e frenesi, isso acaba em seguida. “Infelizmente, a história é a mesma nos dias de hoje”, comenta.

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