Em livro, ex-funcionário do Facebook diz que Zuckerberg era chefe carrasco

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Para muitas pessoas, trabalhar no Facebook pode ser um sonho se tornando realidade. Entretanto, para Antonio García Martínez, ex-gerente de produto da empresa responsável pela rede social demitido em 2013, o cenário é exatamente o contrário, algo que ele relata em um livro intitulado “Chaos Monkeys: Obsecene Fortune and Random Failure in Silicon Valley” (numa tradução literal, “Macacos do caos: fortunas obscenas e falhas aleatórias no Vale do Silício") que foi lançado recentemente nos Estados Unidos.

Na obra, o autor relata que Mark Zuckerberg, criador da rede social, não é o anjo que muitos desenham por aí. No livro, ele é retratado como uma pessoa autoritária, mal-humorada e que estimula a demissão de funcionários após completarem quatro anos de casa. O motivo? Para o chefe da empresa, aqueles que chegam a esse ponto já são considerados “velhos”.

 Mark Zuckerberg, criador da rede social, não é o anjo que muitos desenham por aí. No livro, ele é retratado como uma pessoa autoritária e mal-humorada

Um exemplo de atitude pouco gentil do ex-chefe mencionado no livro foi visto quando um funcionário deixou escapar uma novidade que seria adicionada à rede social. Ao saber do ocorrido, Zuckerberg mandou um email para a empresa toda com o título “por favor, demita-se”, mencionando ainda que a pessoa deveria fazer isso por ter traído a companhia.

Complementando o pacote, Martínez também mencionou que Zuckerberg acabou discordando dos demais funcionários no que diz respeito às expressões de arte feitas por eles no mural de mensagens da empresa. “Acreditei em vocês para fazer arte, e o que vocês fizeram foi vandalizar o lugar” (mensagem original adaptada para um contexto apresentável a todos os públicos), escreveu o chefão do Facebook em uma mensagem.

Antonio García Martínez

Outros setores seguiam o mesmo caminho

Curiosamente, Zuckerberg não era o único que possuía um discurso agressivo. Em um determinado momento do livro, Martinez menciona que até mesmo as palestras realizadas pelo setor de Recursos Humanos tinham um tom mais ácido, e os cartazes motivacionais espalhados pela empresa seguiam o mesmo caminho (“nosso trabalho nunca está pronto”, “faça mais rápido” e “o que você faria se não tivesse medo?” são algumas delas).

A obra também traz tópicos como a existência de uma espécie de polícia interna para monitorar todas as atividades dos funcionários (conhecida como The Sec), bem como o fato de que algumas pessoas chegam a trabalhar 20 horas por dia e que mulheres são alvo de preconceito, sendo muitas vezes proibidas de usar roupas curtas e decotadas para não distrair a ala masculina da empresa.

Vale lembrar, todas as alegações acima são baseadas na vivência de apenas um funcionário. Procurado por diversos sites, o Facebook se negou a comentar sobre o assunto.

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