Jogamos: Agents of Mayhem é um festival absurdo de imoralidade e diversão

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Não sei se vocês estão lembrados, mas quando Pica-Pau passava sábado de manhã na televisão, existiam duas versões do personagem: uma era sapeca e brincalhona, só que ao mesmo tempo tinha um bom coração. Já a outra era o Pica-Pau Maluco, completamente alucinado, sarcástico, violento e descontrolado.

A melhor descrição que eu posso pensar para Agents of Mayhem, novo jogo da desenvolvedora Volition responsável pelos insanos Saints Row, é que alguém resolveu dar uma metralhadora na mão do Pica-Pau Maluco e transformar em um vídeogame.

Esse é um game de tiro em terceira pessoa situado no universo de Saints Row em que os jogadores saem em missão montando equipes de 3 agentes da organização conhecida como Mayhem. Você controla cada um dos agentes por vez mas pode trocar entre eles instantaneamente com o simples apertar de um botão. Os agentes tem comportamentos totalmente diferente um dos outros e na versão final teremos 12 deles como jogáveis.

Aqui na E3 2016, nós podíamos escolher entre 4 deles: Hollywood, um ex-astro da televisão equipado com um set básico de metralhadora e lança granadas, Hardtack um marinheiro monstruoso carregando uma escopeta estilo "doze" e um arpão que permite puxar os inimigos, Rama, uma curandeira especializada no arco e flecha com flechas especiais, e Fortune, uma ex-pirata dos céus com alta mobilidade, dash aéreo, pistolas duplas e um drone companheiro. 

Ninguém é santo

O mais divertido do clima de Agents é que seus heróis não são nada bonzinhos. A própria desenvolvedora afirma que "os inimigos da organização LEGION são malignos, mas os heróis que vocês controlam, os Agentes da Mayhem, são MALDOSOS".

Isso significa que você pode sair feito louco na cidade atirando e maltratando os inocentes — não que isso faça sentido algum, mas, bem, você pode! O que vemos aqui é uma mistura do clima over-the-top de Saints Row, com o estilo gráfico de Overwatch e uma boa dose de inspiração dos jogos 3D de exploração de plataforma em terceira pessoa da geração PlayStation 2.

Os controles respondem bem para garantir ao jogador a sensação honesta de conquista nas batalhas. Há um sistema de sub-especiais que resultam em um grande especial e dão mais charme aos próprios personagens.

Especialmente maluco

Só para dar um exemplo, em seu especial Hollywood transforma o cenário em um grande filme de ação com explosões contínuas e tiros muito mais poderosos. A maneira mais fácil de descrever os inimigos e o clima gerão é realmente a de um desenho pastelão e isso foi intencional. Personagens como Han Solo, desenhos infantis e gibis de ação dos anos 90 foram algumas das inspirações para Agents of Mayhem e é fácil perceber o porque.

Da parte negativa só senti mesmo que o game perde muito por ser uma experiência single player, sem nenhuma possibilidade de co-op planejada até o momento, segundo os representantes da Volition em seu estande aqui na E3 2016.

Se você curtia demais aqueles games descompromissados da última década que claramente eram feito para adolescentes mas agradavem demais a todos os públicos, dê uma conferida em Agents Of Mayhem. O gameplay é sólido com recompensas para os mais experientes, como dano crítico em headshots e posicionamento em melhores pontos do mapa. O humor descompromissado não se leva a sério em momento algum e a expansão do universo Saints Row funcionou bem nessa pegada cartunesca.

Agents Of Mayhem sai em 2017 para Xbox One, PlayStation 4 e PC.

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