Review Huawei P30 Pro: a melhor câmera já colocada em um celular [vídeo]

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Enquanto o mercado de intermediários no Brasil está abarrotado de boas opções, não podemos dizer a mesma coisa sobre o segmento dos top de linha.

Todo ano, acabamos ficando entre as ofertas da Samsung e da Apple, com a LG comendo pelas bordas sem realmente ameaçar as concorrentes. A Motorola parece ter desistido desse mercado e, em 2018, não lançou nenhum celular desse tipo por aqui. Não temos mais os HTC nem os Nexus e a Sony tem preços incompatíveis com o que oferece. Uma válvula de escape seria a Asus, mas infelizmente os melhores aparelhos da taiwanesa não fazem tanto sucesso no Brasil.

É um cenário desanimador, mas existe uma boa notícia: a Huawei está voltando para o mercado nacional e está chegando justamente com o P30 Pro, o melhor smartphone que a marca já fez. O aparelho é um concorrente de peso e não compromete nenhum recurso importante em função de preço. Ele realmente entrega tudo e mais um pouco.

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O ponto forte do P30 Pro é realmente a fotografia, mas ele ainda vai muito bem em bateria, design e recursos. A única dúvida que fica é: vale a pena comprar um smartphone potencialmente muito caro de uma marca quase desconhecida no Brasil?

Descreverei minha experiência com o top de linha da Huawei nas últimas semanas, e, com isso, você poderá tirar suas próprias conclusões.

Câmera sem igual

Gosto de sempre começar com o ponto mais forte do smartphone, e o grande destaque do P30 Pro é, sem dúvida, a câmera. Ele faz excelentes fotografias com as câmeras de trás e também com a da frente. É um daqueles celulares que você pode tirar do bolso, fotografar rapidamente e guardar sem conferir nada, tamanha é a confiança que ele passa — você sabe que a foto ficou boa e pode continuar a vida tranquilo.

Em suma, é a melhor câmera mobile que eu já testei até hoje. Pode parecer um pouco de exagero ou parcialidade, mas a verdade é essa, pelo menos para mim. Cheguei a essa conclusão comparando imagens feitas com o P30 Pro lado a lado com fotos de modelos como Galaxy S10+iPhone XS Max e Pixels 3, que são referências em fotografia mobile.

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Todos eles fazem fotos e vídeos excelentes em praticamente qualquer condição de luz, mas o P30 Pro faz igual ou melhor e ainda entrega um bocado de recursos extras realmente úteis. Mas, antes de avaliar esses aspectos, deixe-me falar um pouco sobre a aparência geral das fotos.

Em uma primeira olhada, as imagens registradas com o P30 Pro lembram as feitas com os tops de linha da Samsung. O esquema de cores é similar em vários pontos, especialmente no nível de saturação e temperatura. Se você não conhece esses termos, pense que as fotos ficam com um aspecto mais “bonitinho” do que você vê na realidade, com as cores mais vivas.

Mas isso não chega a comprometer completamente o nível de realismo — que, para mim, é importante. As imagens do P30 Pro não ficam exageradamente saturadas como vemos nos top de linha da Xiaomi e da Motorola, mas também não dependem apenas de cores exacerbadas para atrair o seu olhar. Em vez disso, elas mostram uma grande quantidade de detalhes e o contraste fica sempre na medida.

A grande vantagem do P30 Pro, contudo, são os recursos extras. O modo Noite do app de câmera tão bom quanto o do Pixel 3; em outras palavras, é possível tirar fotos no escuro e fazer parecer que o ambiente estava bem iluminado. As fotos nesse modo demoram alguns segundos para serem registradas e não funcionam bem com elementos em movimento — o movimento da mão, entretanto, é totalmente compensando pela inteligência artificial do aparelho.

Os resultados são muito bons, no geral. Minha recomendação para quem comprar esse smartphone é usar o modo Noite sempre que for possível, pois as fotos feitas no escuro com ele são sempre melhores que as do modo automático comum.

Primeira foto sem modo Noite e segunda com modo Noite:

O segundo grande destaque é o zoom de até 50 vezes, quantidade que chega a ser absurda para um smartphone em qualquer tipo de comparação que você venha a fazer. Porém, o mais impressionante é que as fotos com zoom ficam boas, tornando o recurso realmente útil.

Isso é possível graças à inteligência artificial e também ao hardware do aparelho. Na traseira, temos um conjunto de quatro sensores. O principal tem 40 MP e está acompanhado por uma lente grande-angular. O secundário tem 20 MP e vem com uma lente super grande-angular, para fotos extremamente amplas. O terceiro sensor tem apenas 8 MP, mas tem a lente mais elaborada.

Com um sistema periscópico, ela alcança zoom óptico de até 5x e, combinando sua imagem com o restante das câmeras, é possível aproximar muito sem perder totalmente a qualidade das fotos. É claro que você vê pixelização nesse zoom misto, mas os resultados finais ainda são bons, considerando as circunstâncias.

Impressiona, também, o fato de a estabilização funcionar tão bem. Em uma câmera profissional, aproximar uma imagem nessa magnitude é simplesmente impossível sem o uso de um tripé, considerando que o tremor das mãos do usuário fica exacerbado com o uso de zoom.

Para conseguir isso, a câmera principal e a periscópica possuem estabilização óptica, de hardware. Além disso, deve haver um grande conjunto de recursos de software trabalhando nesse sentido o tempo todo para conseguir os resultados que vi nesse aparelho.

Por fim, a quarta lente traseira abriga uma câmera simples, ToF (Time of Flight), para obter informações de profundidade. Com isso, as imagens feitas no modo retrato com o P30 Pro ficam excelentes. Como não há algo do tipo na parte da frente (câmera frontal única de 32 MP), as selfies no modo retrato não conseguem fazer um desfoque de fundo muito natural; há recursos de software para lidar com isso, mas nenhum deles é tão bom. Em suma, para modo retrato, só o conjunto traseiro mesmo.

É importante destacar, ainda, que os sensores usados pela Huawei no P30 Pro são bem diferentes do que a gente costuma ver em outros aparelhos. Em vez de trabalhar com equipamentos RGGB (Red, Green, Green, Blue), a empresa adotou sensores RYYB (Red, Yellow, Yellow, Blue).

Isso vai na contramão da anatomia do olho humano, por exemplo, mas a marca fala que trocar os receptores de cor verde por receptores de amarelo ajuda na captação de luz, garantindo fotos mais claras. Curiosamente, não há nenhum problema com a interpretação da cor verde nesses sensores.

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E uma última coisa sobre a câmera: por padrão, o sensor principal trabalha em 10 MP, e não em 40 MP (sua capacidade máxima). A empresa diz que o celular consegue um desempenho melhor nessa configuração, mas eu honestamente não vi diferença entre as imagens de 10 MP e as de 40 MP. Recomendo alterar as opções para 40 MP apenas quando você achar necessário, para fazer fotos para impressão ou recorte posterior.

Desempenho de top de linha

Apesar de ter falado tanto sobre as câmeras do P30 Pro, esse dispositivo é muito mais que um campeão da fotografia mobile; ele também entrega um excelente desempenho, em pé de igualdade com seus principais concorrentes. Mas se você se preocupa demais com benchmarks, talvez esse aparelho seja um pouco decepcionante.

Ele foi lançado no fim de março de 2019, mas não é mais poderoso que Galaxy S10+, iPhone Xs Max ou qualquer outro smartphone com Snapdragon 855. Isso porque ele chega ao mercado com o Kirin 980, feito pela própria Huawei. O chipset é realmente menos poderoso em termos de processamento bruto e isso fica evidente nos testes de benchmark.

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Só que isso quer dizer muito pouco no âmbito do uso cotidiano. Na minha experiência de uso, o aparelho é até mais ágil que os mais recentes top de linha da Samsung, ficando no mesmo nível dos melhores modelos nesse sentido. O que eu quero dizer é que, mesmo que você jogue bastante e use apps mais pesados, o P30 Pro não vai apresentar problemas de lentidão ou qualquer tipo de travamento — e isso é possível mesmo ele não sendo o grande campeão nos benchmarks.

Eu testei o P30 Pro com uma série de games (incluindo Horizon Chase, Injustice e Kaiju Rush) e não vi qualquer demora no carregamento ou queda na taxa de quadros por segundo em nenhum deles.

Dá uma conferida nos nossos testes:

p30 proO PCMark mensura o desempenho do celular durante tarefas comuns de produtividade, como navegação web, edição de vídeos e fotos e trabalho com documentos e dados em geral. Assim como nos outros casos, totais de pontuação maiores significam resultados melhores.

p30 proO Geekbench 4 é um teste multiplataforma que avalia o desempenho do processador com um sistema duplo de pontuação. Ele estressa cada núcleo do chipset individualmente com uma carga de trabalho que simula atividades de uso real e, em seguida, faz o mesmo teste estressando todos os núcleos em conjunto. Os resultados Single são referentes ao teste para núcleos individuais e os Multi representam o conjunto como um todo.

p30 proO app AnTuTu 7.0 permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui também vale a máxima para os pontos: quanto mais, melhor.

Software com prós e contras

O P30 Pro foi minha primeira experiência com um celular da Huawei em alguns anos. Cheguei a brincar com um Honor há muito tempo, mas não me lembro de muitos detalhes da sua interface. Entretanto, recordo que o software naquele momento era pouco polido e tentava copiar muito o que a Apple fazia no iOS.

Eu testei e gostei de usar a interface original da Huawei

As similaridades com o SO da Maçã não desapareceram completamente, mas, hoje, acho a EMUI 9.1 mais parecida com a interface que a Samsung vinha oferecendo nos aparelhos até o lançamento do One UI, no fim do ano passado. Apesar disso, tive uma boa experiência com o software da chinesa e nada incomodou a ponto de me fazer instalar um launcher paralelo ou coisa do tipo. Eu testei e gostei de usar a interface original da Huawei.

Entre os pontos positivos, posso apontar a fluidez impressionante que a empresa alcançou. Tudo roda muito liso e não há travadinhas ou pequenos engasgos em momento algum. As animações são um pouco mais lentas do que estamos acostumados no Android puro, mas não é nada exagerado; é possível conviver com isso e apreciar o senso de continuidade que o sistema ganha.

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A EMUI tem muitos recursos e personalizações extras, mas eles me parecem estar relativamente bem organizados. A tela de configurações não é sobrecarregada com opções e permite acesso rápido a boa parte do que normalmente o usuário precisa no dia a dia. Outras coisas mais avançadas, como a gravação de vídeo da tela, podem ser ativadas com gestos simples e práticos.

Uma coisa que me surpreendeu positivamente foi a presença do painel lateral do Google na home dessa interface. Xiaomi, OnePlus, Samsung e várias outras marcas colocam coisas essencialmente inúteis nessa mesma posição, então ter essa vantagem no P30 de fábrica é bem interessante.

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Mas há pontos negativos também. Não gosto de interfaces que eliminam a gaveta de aplicativos do Android para manter todos os apps “soltos” nas telas principais. Acho contraprodutivo obrigar o usuário a ficar organizando com pastas uma bagunça que não precisava sequer existir.

A Huawei e outras marcas perdem tempo eliminado um elemento nativo do Android e isso acaba dificultando a vida das pessoas. Pode ser a minha cabeça condicionada a pensar assim depois de quase 10 anos usando smartphones Android, mas não consigo encontrar sentido para isso. Felizmente, dando uma boa fuçada nas configurações, você consegue usar a gaveta tradicional de apps, mas o visual dela é bem datado.

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Há ainda alguns ícones completamente “xerocados” de seus correspondentes no iOS, mas o que mais me incomoda é a situação dos gestos. Considerando o tamanho da tela e a falta de uma borda inferior avantajada (ainda bem que é magrinha), é bem difícil navegar pelo sistema sem os botões no fundo da tela.

O gesto para ir para o início é cansativo, assim como o que abre os apps recentes. As possibilidades de voltar são bem confortáveis, por isso recomendo ficar com os botões de navegação, mesmo que isso signifique perder um pouco de espaço na tela.

Outro gesto que poderia melhorar é o padrão para acessar o buscador interno. Em grande parte dos novos smartphones Android, arrastar no meio da tela para baixo faz a área de notificações descer, o que é muito útil em smartphones grandes como o P30 Pro.

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Bateria confiável

Ter uma boa bateria é o básico para todo smartphone, especialmente no ramo dos top de linha com aparelhos tão caros, ainda assim muitos deixam a desejar nesse quesito. Felizmente, não é o caso do P30 Pro da Huawei, que chega ao mercado nacional com uma excelente autonomia. Na verdade, esse é um dos seus pontos mais fortes, na minha opinião.

Viajei com esse smartphone e tirei centenas de fotos, fiz vídeos, naveguei com o GPS ligado e fiquei boa parte do tempo com a tela do P30 Pro ligada para que pudesse me encontrar em uma cidade desconhecida. Em nenhuma ocasião ele chegou ao fim do dia com menos de 40% de carga sobrando. Isso dá uma ótima sensação de segurança para o usuário, que não precisa se preocupar em levar power bank ou carregador na mochila.

Nos nossos testes, estimamos que o celular da Huawei consegue executar 10 horas de vídeo no YouTube com WiFi ligado e brilho da tela no máximo. Essa marca é consideravelmente superior ao que registramos para o Galaxy S10+ no mesmo teste.

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O P30 Pro também é um destaque em carregamento rápido. A fabricante diz que você consegue sair de 0 a 70% de carga em apenas 30 minutos com o carregador original de 40 W conectado à tomada. Testei esse recurso e ele realmente atende às expectativas.

Isso me surpreendeu positivamente porque estou acostumado com o Dash Charge da OnePlus, que já é consideravelmente mais rápido do que aquilo que outras marcas mais populares oferecem. Não esperava que a Huawei conseguisse superar esse padrão.

Por outro ladro, também é impressionante o quão lento é o carregamento do P30 Pro com carregadores de outras marcas. O aparelho fica cerca de 3 horas na tomada para chegar ao 100%, incentivando você a usar sempre o carregador original.

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Ele também tem carregamento sem fio e carregamento reverso; que é aquele mesmo truque do Galaxy S10. Mas é bom lembrar que quem trouxe isso primeiro para o mercado mobile foi a Huawei, e não a Samsung.

Design atraente

A Huawei tradicionalmente busca oferecer smartphones com mais estilo na linha “P”. Enquanto isso, os modelos Mate focam funcionalidade e adoção de novas tecnologias mais rapidamente. O P30 Pro reflete bem esse pensamento, com um design bem elaborado.

Acho o smartphone bastante bonito, com suas curvas bem elaboradas e opções de cor muito atraentes. Contudo, é preciso destacar que não houve uma evolução significativa na linguagem de design do P20 Pro para o P30 Pro — eles são bem parecidos, no geral, mas o novo celular é muito mais refinado.

Digo isso especialmente ao olhar para a face frontal do smartphone. O notch diminuiu bastante no topo da tela e o queixo na parte de baixo ficou bem mais magro. Antes, essa borda abrigava um leitor frontal de digitais; agora, a biometria foi parar dentro da tela. Essas duas mudanças revigoraram o design desse smartphone e o tornaram muito mais interessante.

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O aparelho tem um acabamento todo feito em vidro e metal, o que lhe garante um visual bem premium. Quando você segura o P30 Pro nas mãos, nota de cara que se trata de um aparelho muito sólido e bem construído. O alto nível de refinamento é bem visível.

As bordas laterais da face traseira e da tela são curvadas para encontrar a moldura metálica. Nesse aspecto, o top de linha da Huawei é bem parecido com os modelos que a Samsung vem lançando há algum tempo. O alinhamento das câmeras na traseira é o aspecto que mais diferencia o P30 Pro dos Galaxy — fora as opções de cor, naturalmente.

No exterior, a empresa vai lançar o celular em preto, branco, vermelho, azul e mais duas cores com transições em gradiente. No Brasil, teremos em um primeiro momento apenas uma das opções em gradiente, o Aurora, e o preto comum. Eu gosto do Aurora, que é praticamente a marca registrada da Huawei a essa altura.

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Esse smartphone é bastante resistente a riscos, mas, por ser todo feito em vidro e metal, ele certamente não lida muito bem com quedas. É bom alertar para o fato de o vidro que protege as lentes ser o ponto mais fraco do aparelho, por isso é bom usar uma daquelas capinhas mais robustas para proteger essa área em especial.

Tela que dá conta do recado

Se você conferir a tabela de especificações do P30 Pro, vai notar que ele tem uma tela Full HD+, tecnicamente inferior ao que a maioria dos concorrentes já oferece. Samsung, LG, Sony e outras já estão no 2 K há algum tempo. Mas por que a Huawei resolveu colocar um display inferior em seu novo smartphone?

Você só nota algum defeito na tela do P30 Pro se colocá-lo lado a lado com um Galaxy S10+

Há razões bastante plausíveis para usar uma tela Full HD+ em vez de uma 2 K em um top de linha. A mais interessante é a economia de bateria: telas com resolução inferior consomem menos energia e exigem menos do processador gráfico para funcionar. Há ainda o fato de a diferença entre telas Full HD+ e 2 K ser pouco visível no dia a dia. Você só nota algum defeito na tela do P30 Pro se colocá-lo lado a lado com um Galaxy S10+, tido como o aparelho com o melhor visor no mercado atualmente.

Com isso, é bem fácil entender por que a Huawei foi pelo caminho da tela Full HD+, e eu realmente apoio essa decisão. Autonomia de bateria, para mim, é muito mais importante do que uma contagem de pixels que eu não consigo perceber no uso diário.

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Mesmo com essa desvantagem técnica frente aos concorrentes, a tela do P30 Pro é de excelente qualidade e consegue representar cores com fidelidade, mas se destaca mesmo no nível de brilho que consegue alcançar em ambientes externos. Mesmo sob sol forte, consegui enxergar sem nenhum tipo de dificuldade tudo o que aparecia no display.

É bom mencionar que o leitor de digitais do celular está embutido na tela e funciona por meio de tecnologia óptica. Ou seja, ele joga um feixe de luz no seu dedo e identifica uma imagem 2D para autenticar o usuário. Esse sistema é muito parecido com o que a OnePlus implementou no OnePlus 6T.

A identificação do dedo é rápida e funciona de primeira na maioria das vezes, mas existe sim uma quantidade considerável de erros de leitura quando comparado com um sensor tradicional. Ele também é tecnicamente menos seguro.

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O que temos de extras?

Esse é um daqueles smartphones cheios de extras. O P30 Pro conta com uma infinidade de recursos de software nativos que podem ser úteis para vários usuários e, ao mesmo tempo, não ficam no caminho de quem não quer lidar com eles. Há várias possibilidades de personalização da interface e da forma como o celular funciona. Muitas dessas coisas são ativadas por gestos.

Em termos de hardware e recursos realmente úteis, temos um emissor infravermelho que serve como controle remoto para aparelhos de TV, DVD e qualquer coisa do gênero. Testei esse recurso com um ar-condicionado da Samsung e uma televisão da LG — a experiência foi melhor com a TV.

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Temos ainda espaço para dois chips SIM ou para um chip SIM e um cartão de memória “nano SIM”, o qual aparentemente só a Huawei vende por enquanto. Temos também certificação IP68, que garante proteção contra água e poeira. Então deixar o celular cair na privada não será um problema.

Mesmo sendo à prova d’água, o P30 Pro tem um bom sistema de som. A saída inferior consegue reproduzir bem as músicas e sem muita distorção nos volumes mais altos. Curiosamente, não há uma saída de som propriamente dita na parte superior para chamadas telefônicas; em vez disso, o vidro do celular vibra, conseguindo muito mais volume e claridade.

Por fim, temos a câmera ToF (Time of Flight), que serve para dar informações sobre profundidade para o conjunto fotográfico traseiro e também permitir alguns recursos de realidade aumentada em games.

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Vale a pena?

Infelizmente, ainda não posso dizer se o P30 Pro da Huawei vale a pena ou não. A Huawei já confirmou que ele será vendido oficialmente no Brasil, marcando o retorno da empresa para o nosso mercado, mas ainda não temos preços oficiais. A previsão da marca é de que o celular esteja nas prateleiras até maio.

Na Europa, a versão mais básica do P30 Pro, com 8 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, sai por 999 euros, o que representa mais ou menos uns 4,3 mil reais na cotação atual. Mas parece que a versão nacional terá 256 GB de espaço, que custa 100 euros a mais lá no Velho Mundo.

Acredito que o celular chegará por aqui com um preço próximo de R$ 5 mil

Com isso em mente, acredito que o celular chegará por aqui com um preço próximo de 5 mil reais, que é basicamente o mesmo valor do Galaxy S10+ no mercado nacional atualmente. Não podemos negar que se trata de um celular caro, mas é possível que a Huawei tente trazer um preço mais camarada para o consumidor brasileiro começar a conhecer a marca e dar uma chance para seus produtos.

E, se formos comparar o P30 Pro com o Galaxy S10+, é interessante destacar que o conjunto de quatro câmeras faz fotos melhores do que a Samsung oferece e também traz mais recursos interessantes, como o zoom de 50x e o modo Noite. Ainda há a estabilização óptica em duas das quatro lentes traseiras e a biometria na tela é tecnicamente mais simples que a da Samsung, mas a usabilidade no dia a dia é praticamente a mesma. Ambos os celulares têm reconhecimento facial simples, sem 3D.

O P30 Pro tem interface e desempenho mais fluidos e consistentes que os modelos recentes da Samsung, mas ele perde na maioria dos benchmarks em poder de processamento bruto. A tela também é inferior, mas não é ruim.

Porém, o que me faz preferir o celular da Huawei nessa comparação é a autonomia de bateria maior e mais consistente. Também há a questão do armazenamento: são 256 GB no P30 Pro contra 128 GB no GS10+. Se a Huawei chegar ao Brasil com um preço competitivo, o P30 Pro valerá mais a pena que o top de linha da Samsung.

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