Sony Xperia L1: review/análise [vídeo]

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Imagem de: Sony Xperia L1: review/análise [vídeo]

Por mais que a Sony tenha resolvido abandonar de vez o segmento dos smartphones de entrada, isso não significa que ela não vai mais lançar intermediários mais básicos para atrair quem procura um celular do tipo. Exemplo disso é o Xperia L1, que chega posicionado em uma faixa de preço bem inferior à do Xperia XA1, que o TecMundo analisou recentemente – clique aqui para ver o que achamos do dispositivo.

Prós
  • Construção sólida e resistente
  • Bom desempenho mesmo durante jogos pesados
  • Android quase puro
  • Câmeras boas para a categoria
  • Dual-SIM de verdade
Contras
  • Preço elevado para o hardware oferecido
  • Apenas 10 GB de espaço interno livre
  • Efeito de lens flare na câmera frontal
  • Bateria fraca
  • Posição ruim do alto-falante

Ainda que o L1 se encaixe na categoria de intermediários, há quem questione se o hardware dele não seria mais compatível com o mercado de aparelhos mais básicos. Será que a empresa japonesa acertou nos detalhes para conseguir trazer um celular com um desempenho capaz de fazer valer a pena o preço cobrado? É o que você vai poder conferir nesta análise.

Design questionável, mas resistente

Visualmente, o L1 segue o mesmo design quadradão que a Sony vem adotando nos seus celulares, com as bordas de cima e de baixo bem retas e as laterais arredondadas para melhorar a pegada. Mesmo com seu tamanho avantajado, o celular não é difícil de segurar e não escorrega. Por esse motivo, o uso do smartphone é confortável.

As margens nas áreas superior e inferior continuam grandes, como é característica do estilo atual dos dispositivos da Sony, mas como o L1 tem um formato mais largo do que o XA1, isso acaba não incomodando tanto assim. Se isso é algo que causa muito impacto em você, então provavelmente não vai curtir o estilo do aparelho. Em todo caso, aqui, cada um vai ter que decidir por conta própria se o aparelho está ou não de acordo com o próprio gosto.

Durante os dias que passei testando o L1, andei bastante tempo com o aparelho no bolso e até passei por alguns tombos pequenos em superfícies ásperas, mas ele não ficou com nenhuma marca visível, nem na tela nem no corpo. Com isso em mente, é possível falar que o dispositivo tem uma boa construção, mas mesmo assim não é uma boa ideia abusar ou achar que vai ficar tudo bem se ele cair dentro da água, porque ele não tem esse tipo de proteção.

Tela básica

O display IPS LCD do celular tem 5,5 polegadas e consegue reproduzir imagens com qualidade decente. As cores são agradáveis, o contraste é bom e o brilho é forte, o que proporciona uma experiência de visualização boa em ambientes internos e aceitável quando você estiver sob sol forte.

A resolução da tela do L1 é HD (1280x720 pixels), então quem estiver acostumado com display Full HD (1920x 1080 pixels) pode sentir falta do mesmo nível de detalhes em uma tela tão grande. Se esse não for o seu caso, então o dispay do intermediário da Sony não deve deixar a desejar.

Hardware modesto, mas competente

O processador MediaTek com quatro núcleos de 1,45 GHz pode até não ser o melhor entre os que estão sendo usados nos smartphones intermediários atuais, mas mesmo assim ele atinge resultados muitos bons. Junto aos 2 GB de RAM do L1, o hardware consegue dar conta do Android e dos aplicativos mais comuns do uso cotidiano sem problemas. Ele até dá umas engasgadas leves se muita coisa pesada estiver aberta, mas não chega a travar.

O Xperia L1 surpreendeu na hora de rodar jogos pesados

Na hora dos jogos, o L1 surpreendeu e conseguiu rodar todos que testamos sem dificuldades perceptíveis e sem quedas de desempenho, mesmo em títulos mais exigentes. A única limitação aqui é a falta de espaço para manter muitos games pesados instalados, já que o celular tem só 16 GB de armazenamento – e quase 6 GB do total vão só para o sistema operacional.

Benchmarks

Para podermos comparar diretamente o desempenho do Xperia L1 ao de alguns concorrentes, o aparelho foi submetido a três aplicativos de benchmark. Os testes utilizados foram o 3D Mark (Ice Storm Unlimited), o AnTuTu Benchmark 6 e o Vellamo Mobile Benchmark (HTML5 e Metal).

O 3D Mark oferece vários testes para benchmark de smartphones. Entre eles, o Ice Storm Unlimited permite comparar processadores e GPUs. A resolução do display é um fator que pode afetar o resultado final. Aqui, quanto maior a pontuação, melhor o desempenho.

O AnTuTu 6 é um app que permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui também vale a mesma máxima para os pontos: quanto mais, melhor.

O Vellamo Mobile Benchmark aplica dois testes aos smartphones: HTML5 e Metal. No primeiro, ele avalia o desempenho do celular durante o acesso de conteúdo na internet por meio de navegadores. Já no segundo, ele quantifica a performance do processador. Novamente, números maiores indicam resultados melhores.

Android quase puro

Falando no software, o L1 vem com o Android Nougat instalado de fábrica de forma bem próxima da pura, então quem curte os sistemas dos outros aparelhos da Sony ou os da Motorola não deve estranhar o visual aqui. A Sony diz que o dispositivo consegue aprender os hábitos dos usuários e se adaptar a eles com o tempo, mas eu não senti diferença ao longo dos dias que passei com o smartphone.

Os apps que a Sony embarca na plataforma até podem ser úteis, mas o armazenamento de apenas 16 GB do smartphone faz com que os quase 6 GB ocupados pelo conjunto de sistema e aplicativos impossíveis de deletar cause certo incômodo. Seria interessante se, no caso de um aparelho com tão pouco espaço interno, a empresa liberasse a remoção de softwares indesejados.

Câmeras boas para a faixa de preço

Indo para as câmeras do Xperia L1, elas até que fizeram um bom trabalho para um aparelho intermediário. A traseira tem 13 MP e um sistema de autofoco que não causa problemas em ambientes bem iluminados. Ela consegue quebrar um galho mesmo em lugares escuros, mas não espere nada espetacular nesse tipo de situação.

A câmera frontal também tira fotos agradáveis se você estiver em um ambiente com bastante luz, seja interno ou externo. Você só vai ter que tomar cuidado na hora de fazer selfies com luzes fortes apontadas para o aparelho, porque o efeito de lens flare é bem comum nesse caso e faz as imagens ficarem cheias de manchas luminosas.

Fotos tiradas com o Xperia L1:

Já se o ambiente estiver todo escuro, aí não tem jeito. Nesse caso, as selfies ficam bem ruins mesmo. E não tem flash frontal para ajudar. Por fim, vale também falar que o L1 consegue fazer um bom trabalho com vídeos em lugares claros, mas nada de espetacular.

Bateria insuficiente

Falando agora da bateria, o Xperia L1 vem com reservas com 2.620 mAh de capacidade. Por mais que o número seja um pouco maior do que o do Xperia XA1, a duração é menor. E isso quer dizer que a vida útil do aparelho é bem ruim. Durante nosso teste de reprodução contínua de vídeo, o L1 conseguiu se manter funcionando por apenas 7 horas e 9 minutos. É preciso levar em consideração que isso aconteceu em condições de estresse, com a tela com brilho no máximo, mas a medição se repetiu três vezes.

Usando o aparelho moderadamente, até é possível a bateria aguentar um dia inteiro moderando bastante a utilização e abusando do modo Stamina, mas, se você for um usuário um pouco mais intensivo, que costuma jogar bastante e ver muitos vídeos, então provavelmente vai precisar fazer uma recarga no fim da tarde. Um power bank com boa capacidade vai ser o melhor companheiro desse smartphone da Sony.

Extras

A posição do alto-falante é ruim para ver vídeo ou jogar no modo paisagem

Por mais que a saída de som do Xperia L1 consiga atingir volumes relativamente elevados, isso acaba fazendo com que o som sofra distorções. Além disso, o posicionamento do alto-falante na parte inferior do aparelho não ajuda na hora de jogar ou ver vídeos no modo paisagem, já que a sua mão provavelmente vai acabar bloqueando a saída e abafando o áudio. O aparelho não vem com fone de ouvido na caixa.

Outro ponto que vale a pena mencionar é que o celular tem espaços separados para até dois chips nano SIM e um cartão micro SD, então é possível usar números de duas operadoras e expandir o espaço interno ao mesmo tempo. A tampinha da área dos cartões e a bandeja dos chips são bem mais fáceis de abrir e puxar do que as do Xperia XA1, mesmo se você estiver com unhas curtas.

Vale a pena?

O Xperia L1 é um aparelho intermediário que a Sony lançou para atrair um público que deseja algo que vá além de um celular de entrada, mas que também não quer gastar muito mais de R$ 1 mil. O smartphone é capaz de rodar qualquer app atual da Play Store sem grandes problemas e tem uma câmera mais competente do que se espera da sua faixa de preço, por mais que ela não se compare às dos intermediários mais caros e tops de linha.

Mesmo assim, o preço oficial de R$ 1.199 é um pouco caro demais para um celular que flerta mais com o público do mercado de entrada do que com quem realmente procura um intermediário. É fácil encontrar vários aparelhos de outras marcas que oferecem mais vida útil de bateria, mais espaço interno de armazenamento e outras especificações melhores por preços iguais e até menores, incluindo aqui vários modelos da linha Galaxy J da Samsung, o Moto G5, o LG K10 mais recente e muitos outros. Aí a coisa complica para a Sony.

Opções de compra

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