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Ciência

Pastafarianista tem direitos reconhecidos pela Áustria

Niko Alm afirmou que o uso de um escorredor de macarrão na cabeça era uma forma de respeito ao Monstro do Espaguete Voador.

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

schedule15/07/2011, às 06:16

(Fonte da imagem: BBC News)

Após três anos de disputas judiciais, o austríaco Niko Alm obteve o direito de aparecer em sua carteira de motorista usando um escorredor de macarrão como capacete. O direito foi obtido se aproveitando de um recurso da lei do país, que permite que pessoas aleguem motivos religiosos para utilizar alguma espécie de acessório nesse tipo de fotografia.

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Apesar de Alm se declarar abertamente como um ateísta, usou como argumento de defesa a justificativa de que a proibição ia contra sua crença no Monstro do Espaguete Voador. Surgida de um livro satírico escrito por Bobby Henderson, a criatura é descrita como a verdadeira criadora do universo e responsável por tudo o que acontece no mundo.

O Monstro do Espaguete Voador foi criado como uma forma de protesto contra o sistema educacional do estado americano do Kansas, que obrigava as escolas a ensinar o criacionismo como uma alternativa à evolução natural das espécies. Aqueles que aderiram à brincadeira se consideram pastafarianistas, termo surgido a partir de um trocadilho entre as palavras pasta (macarrão em italiano e inglês) e rastafári.

Forma de protesto

(Fonte da imagem: Church of the Flying Spaghetti Monster)Segundo um representante da polícia austríaca, os motivos que levaram a foto a ser aprovada não tiveram nada a ver com religião. O fato de o rosto de Alm estar totalmente visível e o escorredor não interferir em sua identificação foram suficientes para que a imagem fosse permitida.

Após receber a carteira de motorista, autoridades da Áustria obrigaram o pastafarianista a passar por testes psicológicos como forma de provar que estava apto a dirigir. Segundo Alm, a ideia de posar com um escorredor de macarrão na cabeça surgiu como uma forma de provar um ponto sério, porém irônico, quanto às vantagens que o estado concede àqueles que se declaram religiosos.