Em vez de produzirmos o próximo supermaterial, nós o plantaremos

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Esqueça o grafeno, pois os cientistas acabam de anunciar um novo supermaterial ainda mais legal (além de comestível). Trata-se da nanocelulose, composto ultraleve, bastante resistente e, por ser feito de algas, capaz de absorver o dióxido de carbono – um dos maiores vilões do aquecimento global.

Apresentado na semana passada no encontro nacional da American Chemical Society, o material já é considerado uma “maravilha” pelos cientistas envolvidos no projeto. De acordo com R. Malcom Brown Jr, por exemplo, se a pesquisa for concluída, ela dará margem a uma das maiores transformações da agricultura, criando a possibilidade de produção sustentável de um supermaterial em larga escala e com baixo custo.

O nome celulose não deve ser estranho a ninguém, uma vez que, em sua versão macro, ela é um dos compostos mais abundantes do planeta, sendo a fibra presente em troncos e folhas de árvore. No entanto, quando reduzida do jeito certo, em longas cadeias de polímeros ou cristalizada, ela se torna ultrarresistente e leve, fazendo com que seja possível utilizá-la em uma infinidade de aplicações.

Enquanto a produção inicial de nanocelulose envolvia tanques gigantes de criação de bactérias (as quais exigem alimentação constante), os cientistas aprimoram o sistema ao trocar as bactérias comuns por uma espécie de alga capaz de realizar fotossíntese – o que elimina a preocupação de fornecer alimentos para os tanques de criação, além de consumir dióxido de carbono no processo.

Até o momento, os cientistas conseguiram criar alguns polímeros de nanocelulose e estão trabalhando para obter o material em um formato ainda mais elaborado e cristalino. A pesquisa de nanocelulose já existe há algumas décadas, mas, de acordo com Brown, este passo específico do processo representa uma das mais importantes descobertas dentro da Biologia.

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