Descoberta deixa cientistas mais próximos de criar uma bateria orgânica

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(Fonte da imagem: Reprodução/University of East Anglia)

Após estudar de maneira intensa a bactéria Shewanella oneidensis, cientistas descobriram a maneira como ela distribui impulsos elétricos entre suas células. O organismo chama a atenção pela sua capacidade de se vincular a ferro enferrujado e a outros metais, produzindo elétrons durante o processo de quebra desses materiais.

Para chegar à descoberta, pesquisadores da University of East Anglia criaram uma versão sintética da bactéria, que foi testada junto a pedaços de ferro. Durante os testes, eles observaram a presença de proteínas na superfície do organismo que são responsáveis pela transferência de elétrons — algo que abre a possibilidade de elas serem usadas como partes de uma bateria ou como uma fonte de energia alternativa.

“Essas bactérias mostram grande potencial como células de combustível, nas quais eletricidade poderá ser gerada a partir da quebra de resíduos domésticos ou agrícolas”, afirma o líder do estudo, Tom Clarke. Como a Shewanella oneidensis é encontrada facilmente em praticamente qualquer lugar do mundo, utilizá-la em grande escala não se provaria um processo especialmente oneroso para a indústria.

Os resultados da pesquisa foram publicados esta semana na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences. Embora Clarke e sua equipe já estejam trabalhando no projeto há alguns anos, até o momento não há qualquer previsão sólida de quando bactérias do tipo poderão ser empregadas nos dispositivos encontrados normalmente no mercado.

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