Cientistas descobriram a menor estrela já detectada, diz estudo

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A Universidade de Tsinghua, na China, reuniu um grupo de cientistas chineses, australianos, europeus e norte-americanos com o objetivo de estudar um objeto cósmico que aparenta ser a menor estrela já detectada pela ciência.

Em um artigo publicado na revista científica Nature Astronomy, os pesquisadores descobriram um par de estrelas binárias no sistema J0526, localizado a aproximadamente 2.670 anos-luz de distância da Terra.

Ao estudar o sistema binário, os investigadores perceberam que uma estrela é maior e que a outra é a menor já detectada. Caso esteja correto, o artigo sugere que as anãs vermelhas não são o menor tipo de estrela, como outras teorias recentes apontam. A nova descoberta é uma subanã quente, que faz parte de uma região que tem cerca de sete vezes o tamanho do nosso planeta.

A TMTS J0526B (ilustração) é considerada a menor estrela já detectada pela ciência. Antes, a anã vermelha EBLM J0555-57Ab estava no topo da lista.A TMTS J0526B (ilustração) é considerada a menor estrela já detectada pela ciência. Antes, a anã vermelha EBLM J0555-57Ab estava no topo da lista.Fonte:  Jingchuan Yu / Beijing Planetarium 

Nomeada de TMTS J0526B, a estrela foi detectada utilizando o telescópio Tsinghua University-Ma Huateng Telescope for Survey (TMTS), na China. Ela tem apenas um terço da massa do Sol e alcança uma temperatura de mais de 2 mil graus Celsius — diferentemente da superfície solar, que utiliza hidrogênio para o processo de fusão, a estrela queima hélio.

“Este sistema é composto por uma estrela anã branca de carbono-oxigênio, com uma massa de cerca de 0,74 massas solares, juntamente com uma estrela subanã quente com uma massa de cerca de 0,33 massas solares. Essa subanã quente tem um raio apenas sete vezes maior que o da Terra, representando a estrela com o menor volume já conhecido”, é descrito em um comunicado de imprensa da Universidade de Tsinghua.

Menor estrela detectada ainda é 7 vezes maior que a Terra

Como a estrela tem cerca de sete vezes o tamanho da Terra, é um pouco menor que Saturno; ela orbita a sua irmã, nomeada de TSMS J0526A, a cada 20 minutos. O objeto cósmico maior é uma anã branca que não é visível devido às suas características peculiares. Os investigadores só perceberam que ela estava lá por meio das diferenças detectadas na órbita da estrela menor.

De acordo com os pesquisadores, o estudo é importante por que pode confirmar uma teoria proposta por outros cientistas há mais de duas décadas. Os estudos anteriores previram que estrelas como TMTS J0526B podem se formar por meio da troca de massa em um sistema binário.

“Embora o J0526A seja invisível para o telescópio, sabemos que ele existe porque, por um lado, é tão denso que sua atração gravitacional deformou o J0526B de uma estrutura esférica para uma estrutura em forma de ovo. Um sistema binário tão único, incluindo estrelas ultrapequenas e ultraleves e um período orbital extremamente curto, tinha sido previsto que existia, mas nunca foi detectado antes. Agora o nosso trabalho [oferece] a primeira evidência observacional direta”, os pesquisadores escreveram ao site South China Morning Post.

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