#AstroMiniBR: detritos espaciais na atmosfera terrestre!

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O TecMundo e o #AstroMiniBR selecionaram, algumas das melhores curiosidades astronômicas da semana, produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você, o universo fantástico da astronomia. Confira!

#1: Como ter acesso aos dados astronômicos observados pelos telescópios?

Você sabia que os dados coletados por grandes telescópios, como o Hubble e o James Webb, são de livre acesso ao público geral?

A democratização do conhecimento astronômico atingiu um novo patamar com a acessibilidade dos dados provenientes em plataformas especializadas, como o Archive Hubble e o MAST (Mikulski Archive for Space Telescopes), que oferecem interfaces intuitivas que permitem também ao público não-especializado explorar os vastos conjuntos de dados celestes.

Estas e diversas outras ferramentas apresentam muitas vezes opções de busca refinada e visualização interativa, permitindo que entusiastas, educadores e até mesmo curiosos de todas as idades mergulhem nas maravilhas do universo.

A disponibilidade desses recursos não apenas amplia o alcance da ciência espacial, mas também inspira uma compreensão e apreciação mais profunda do Cosmos que esses observatórios espaciais desvendam diariamente.

Além disso, esforços contínuos para simplificar a acessibilidade a estes dados estão em andamento como iniciativa de diversos programas espaciais, como, por exemplo, o desenvolvimento de plataformas educativas e programas de divulgação vinculados às missões que fornecerão acesso facilitado e compreensível aos dados obtidos, garantindo que as descobertas científicas e as imagens deslumbrantes sejam compartilhadas de maneira inclusiva e inspiradora.

#2: O solstício de verão no hemisfério sul

Os últimos dias de 2023 trouxeram consigo o início do verão no hemisfério sul, marcado pelo dia de solstício, ocorrido no último dia 22. Trata-se de um fenômeno astronômico marcante que ocorre quando o eixo da Terra está inclinado em sua órbita em relação ao Sol, resultando no dia mais longo do ano no hemisfério sul.

Esse evento, que normalmente ocorre por volta de 21 ou 22 de dezembro, marca o momento em que o Sol atinge sua maior declinação ao norte, proporcionando o dia mais extenso e a noite mais curta do ano nesta região do planeta.

A inclinação axial da Terra é crucial para esse fenômeno: durante o solstício de verão, um dos polos da Terra (neste caso, o polo sul) está inclinado em direção ao Sol, permitindo que os raios solares incidam mais diretamente sobre essa região. Isso não apenas intensifica o calor, mas também prolonga a exposição solar, resultando em um dia prolongado de iluminação. A duração máxima de horas de sol durante o solstício de verão é uma consequência direta dessa inclinação axial.

O solstício de verão ocorre também no hemisfério norte, mas em datas opostas (geralmente no dia 21 de junho, quando aqui ocorre o solstício de inverso) e é um fenômeno que não apenas influencia o clima, mas também tem diversas implicações culturais e sociais, sendo celebrado por diversos povos e nações ao redor do mundo como um marco significativo no calendário astronômico.

#3: A reentrada de detritos espaciais na atmosfera terrestre

Nos últimos dias de 2023, a internet foi inundada com vídeos da reentrada de detritos espaciais vistos no céu do Brasil, na noite do dia 22 de dezembro. Moradores de várias regiões do Nordeste foram pegos de surpresa por uma imensa esfera de fogo cortando os céus por volta das 22h30 (BRT) deixando um rastro de destroços luminosos em seu caminho.

A Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) comunicou ter recebido relatos desde Goiás, passando pela Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Após análise das imagens e dos depoimentos disponíveis, os especialistas da BRAMON concluíram que o fenômeno foi desencadeado pela reentrada de resíduos espaciais na atmosfera terrestre provenientes do segundo estágio do foguete chinês Long March 2C, lançado 5 anos atrás, no dia 25 de fevereiro de 2018.

A reentrada dos destroços ocorreu a uma velocidade de cerca de 26 mil km/h e pôde ser vista em altitudes bastante elevadas, entre 110 e 70 quilômetros acima do solo.

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