ESO divulga imagem de nebulosa que parece com um gato; você também vê?

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Imagem: GettyImages

Na última terça-feira (27), uma equipe de cientistas do European Southern Observatory (ESO) divulgou uma nova descoberta sobre a nebulosa Sh2-284, uma nuvem laranja e vermelha apresentada em uma imagem repleta de detalhes impressionantes. A região é conhecida por ser um 'celeiro' de formação das estrelas e, por isso, está repleta de estrelas jovens.

De acordo com um comunicado dos cientistas, as "pinceladas estelares" na imagem assemelham-se a um rosto de gato, efeito causado pela pareidolia, um fenômeno psicológico que leva as pessoas a reconhecerem rostos e formas em diferentes tipos de objetos visuais.

“Esta foto espetacular da Nebulosa SH2-284 foi fotografada pelo telescópio VLT Survey Telescope, localizado no Observatório do Paranal do ESO. SH2-284 é uma região de formação de estrelas, e no seu centro existe um agrupamento de estrelas jovens, apelidado de Dolidze 25. Se você observar a nuvem como um todo, poderá distinguir o rosto de um gato sorrindo lá do céu”, é descrito no comunicado sobre a descoberta.

Você também consegue visualizar o 'gato' na imagem acima?Você também consegue visualizar o 'gato' na imagem acima?Fonte:  ESO/VPHAS+ TEAM 

É nas nebulosas, como a Sh2-284, que surgem os blocos de construção das novas estrelas, por isso, os dados podem auxiliar a desvendar os mistérios da formação estelar. Um aglomerado de estrelas jovens, conhecido como Dolidze 25, pode ser visualizado logo abaixo do "nariz do gato". A região é conhecida por produzir grandes quantidades de radiação e vento, uma radiação tão poderosa que ioniza o gás de hidrogênio da nebulosa e produz os belos tons de laranja e vermelho que podem ser apreciados na imagem.

Nebulosa com cara de gato

O berçário estelar está localizado na constelação de Monoceros, também conhecida como O Unicórnio, a aproximadamente 15 mil anos-luz de distância da Terra. A imagem captura a parte mais brilhante da Sh2-284, um local repleto de poeira e gás, com cerca de 150 anos-luz de diâmetro.

Conforme os cientistas explicam, os ventos das estrelas afastam o gás e a poeira do centro da nebulosa, mas quando encontram bolsões de materiais mais densos, os ventos causam erosões nas áreas ao redor do berçário. É exatamente esse processo responsável por criar os 'pilares' observados na imagem, repletos de gás e poeiras que formam novas estrelas.

“Esta imagem foi criada usando dados do VLT Survey Telescope (VST), que pertence ao Instituto Nacional de Astrofísica da Itália, INAF, e está hospedado no Observatório do Paranal do ESO no Chile. O VST é dedicado a mapear o céu do sul em luz visível e faz uso de uma câmera de 256 milhões de pixels especialmente projetada para capturar imagens de campo muito amplo”, a equipe conclui.

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