Qual a relação da Obesidade com a baixa produção de dopamina pelo cérebro?

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Pesquisadores da Universidade de Yale publicaram um estudo na revista Nature Metabolism, onde descrevem que o cérebro de pessoas com obesidade tem baixas respostas aos nutrientes dos alimentos, liberando menos dopamina. Mesmo após perda de peso, o cérebro não retornou ao funcionamento adequado.

As consequências do peso em excesso tem sido amplamente estudado em diversas frentes de estudo.

Alguns fatos já estão bem esclarecidos, como por exemplo, a influência do excesso de peso no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, musculoesqueléticas e metabólicas.

Mas há ainda uma gama imensa de pesquisas sendo realizadas sobre os efeitos do excesso de peso no funcionamento do cérebro e seus sistemas.

Obesidade e dopaminaEm pessoas obesas, o cérebro apresenta uma dificuldade em reconhecer nutrientes e libera menos dopamina.Fonte: Getty Images

Sabe-se que existe um eixo de comunicação entre o intestino e o cérebro. De acordo com estudos, esse eixo está ligado a diversos processos no nosso corpo.

Por exemplo, quando comemos determinados alimentos, o cérebro reconhece os nutrientes e libera hormônios que nos dão a sensação de bem-estar, saciedade, sede, entre outras informações. Porém de acordo com estudo realizado por cientistas da Universidade de Yale, em pessoas obesas, esse sistema pode estar danificado.

BrigadeiroComer provoca em nosso organismo, não apenas saciedade, mas também a sensação de prazer.Fonte: Getty Images

Em um estudo randomizado, pesquisadores analisaram às respostas cerebrais por exames de imagem de dois grupos de pessoas. O primeiro composto por pessoas com obesidade e, o outro, por pessoas com IMC (índice de massa corporal) dentro do considerado normal.

Durante os testes, o cérebro de pessoas com obesidade se mostrou menos reativo a presença dos alimentos ofertados ao grupo, liberando menos dopamina como resultado.

DocesMesmo tendo sido consumido a mesma quantidade de glicose, pessoas com obesidade apresentação prejuízo na liberação do hormônio.Fonte: Getty Images

Entretanto a pesquisa foi além. A fim de verificar se o sistema de reconhecimento e recompensa poderia voltar ao "normal", os pesquisadores reavaliaram os participantes após a perda de 10% do peso inicial.

Mesmo após o emagrecimento, não houve restabelecimento do sistema de reconhecimento de nutrientes e liberação de dopamina, ao menos a curto prazo.

A necessidade de mais alimento para sentir a mesma sensação de bem-estar e saciedade, pode ser uma explicação para o retorno do peso, mesmo após um processo bem-sucedido de emagrecimento.

Os pesquisadores explicam que mais pesquisas são necessárias para se compreender essas relações e, se este processo de fato é irreversível.

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