Sacolas de papel reutilizáveis são alternativa viável aos plásticos

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Pesquisando formas de aumentar o rendimento da glicose em biocombustíveis, a doutorando em sistemas biorrenováveis Jaya Tripathi, da Universidade Estadual da Pennsylvania nos EUA, resolveu por acaso uma grave questão ambiental: como substituir cinco trilhões de sacolas pláticas usadas anualmente no mundo por uma alternativa em papel reutilizável várias vezes?

“Notei que a resistência do papel aumentava à medida que torrifazíamos a celulose. Isso me fez pensar que provavelmente seria bom para embalagem, uma aplicação totalmente diferente", explicou Tripathi em um comunicado à imprensa. O achado prometia resolver parte dos problemas das sacolas de papel como alternativa aos plásticos, que é o seu curto ciclo de vida, principalmente quando molhadas.

Publicada em 19 de abril na revista Resources, Conservation and Recycling, a pesquisa detalha como, através da manipulação química e de formas de calor baratas, os cientistas conseguiram desenvolver um papel forte o bastante para ser reutilizados várias vezes, resistente à água e, que, ao final do ciclo, poderia ser utilizado como uma boa fonte de biocombustível.

Como os cientistas desenvolveram o novo papel reutilizável?

Resumo gráfico do projeto.Resumo gráfico do projeto.Fonte:  Tripathy et al. 

Explorando técnicas não químicas e ecologicamente corretas para aumentar a resistência do papel à umidade, Tripathi e seus colegas da Penn State continuaram explorando a torrefação, onde a celulose do papel é aquecida lentamente em um espaço com deficit de oxigênio.

Em 40 minutos de exposição, a resistência à tração úmida do papel atingiu um pico de 1.533% a 200 ° C, mas passou a diminuir acima dessa temperatura. Como o produto teve reduzido o rendimento da glicose como biocombustível, os pesquisadores o trataram com uma solução alcalina de hidróxido de sódio, o que elevou o substrato de biomassa (a 200º C) de 690 mg/g para 933 mg/g.

O experimento tornou o papel mais forte e encontrou um uso para ele após o descarte. Isso poderá cobrir os custos ambientais da produção do produto e ainda transformá-lo em uma alternativa viável ao plástico.

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