Curativo inteligente monitora ferida e libera remédio no local

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Imagem: Caltech

Um novo sistema bioeletrônico vestível de monitoramento contínuo e sem fio foi desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) para funcionar como uma espécie de curativo inteligente. O dispositivo promete facilitar e baratear o tratamento de feridas crônicas.

Essas lesões na pele não cicatrizam no tempo esperado e geralmente perduram por mais de quatro ou seis semanas. Os motivos são os mais variados, desde doenças crônicas – como o diabetes – até problemas de circulação sanguínea, idade avançada e infecções.

Em artigo publicado em 24 de março na revista Science Advances, os cientistas explicam que, embora as terapias atuais (terapias por pressão negativa, enxertos e substitutos de pele) sejam positivas, constantemente demandam cirurgias. Sem contar que infecções microbianas no local da ferida podem atrasar a cicatrização e produzir necrose, sepse e até morte.

Como são feitos os curativos inteligentes?

O grande diferencial dos novos curativos inteligentes é a elasticidade.O grande diferencial dos novos curativos inteligentes é a elasticidade.Fonte:  Caltech 

Ao invés de um curativo convencional, constituído normalmente por camadas de material absorvente, o curativo inteligente se parece mais com um emplastro, pois é feito de um polímero flexível e elástico que permanece mais tempo sobre a pele, e contém medicamentos incorporados que, através do monitoramento eletrônico, são liberados conforme a necessidade.

As respostas do vestível ocorrem de três formas distintas:

  1. Transmitindo dados via wireless coletados da ferida para um computador, tablet ou smartphone próximo para revisão pelo paciente ou análise por um profissional de saúde;
  2. Administrando um antibiótico ou outro medicamento armazenado, diretamente no local da ferida para tratar da inflamação e da infecção;
  3. Aplicando um campo elétrico de baixo nível à ferida para estimular uma cicatrização mais rápida.

Demonstrado como prova de conceito em pequenos animais, a expectativa agora é de aumentar a estabilidade do dispositivo, para testes em humanos, diz o coautor e professor de Engenharia Médica no Caltech, Wei Gao.

Fontes

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