Sensor feito em impressora 3D detecta Parkinson inicial ao analisar sangue

1 min de leitura
Imagem de: Sensor feito em impressora 3D detecta Parkinson inicial ao analisar sangue
Imagem: Getty Images

Pesquisadores das Universidades Federal de São Calos (UFSCar) e Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveram um sensor de baixo custo que identifica uma proteína ligada ao desenvolvimento da doença de Parkinson. O estudo foi publicado na revista Sensors and Actuators B: Chemical.

Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta o movimento, causando tremores incontroláveis, rigidez, desequilíbrio e problemas na fala em decorrência da perda de células da substância negra, responsável pela produção do neurotransmissor dopamina.

O diagnóstico geralmente ocorre de forma tardia, quando a doença já está bem estabelecida e os sintomas passam a atrapalhar as atividades das pessoas afetadas.

Mas com o desenvolvimento dos pesquisadores da Unicamp e UFSCar, esse panorama pode mudar.

Ainda não há cura para a doença, mas existem tratamentos que retardam seu progresso.Ainda não há cura para a doença, mas existem tratamentos que retardam seu progresso.Fonte:  GettyImages 

Os cientistas desenvolveram um sensor eletroquímico, manufaturado em impressora 3D com filamento PLA (ácido polilático), que é biodegradável, combinado com grafeno e outros elementos condutores.

Quando amostras de plasma sanguíneo e fluido cerebrospinal são colocados em contato com o sensor, ele rapidamente identifica quantidades da proteína PARK7/DJ-1.

De acordo com os pesquisadores, quando essa proteína apresenta valores abaixo de 40 microgramas por litro, há indícios do desenvolvimento da doença.

O sensor é bastante sensível e é capaz de identificar sintomas fisiológicos da doença em qualquer estágio.

O sensor identifica e imobiliza a proteína, que na presença de reagentes, indica a concentração da PARK7/DJ-1.O sensor identifica e imobiliza a proteína, que na presença de reagentes, indica a concentração da PARK7/DJ-1.Fonte:  Ilustração Cristiane Kalinke e Paulo Roberto de Oliveira/ Fapesp 

O baixo custo de produção, a sensibilidade e precisão do teste são diferencias que podem trazer diversos benefícios.

A doença de Parkinson ainda não tem cura, mas possui tratamento que retarda o progresso neurodegenerativo, portanto o diagnóstico precoce é essencial para que os devidos cuidados sejam oferecidos.

De acordo com a equipe, esse modelo de sensor eletroquímico também poderá ser utilizado para a detecção de outras doenças. Atualmente, já está em andamento o teste para o para diagnóstico de Febre Amarela.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.