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Ciência

Danificada, espaçonave russa Soyuz volta à Terra sem tripulação

A espaçonave Soyuz MS-22 estava acoplada à Estação Espacial Internacional, mas um vazamento detectado em seu sistema de refrigeração tornou-a insegura para a tripulação

Avatar do(a) autor(a): Jorge Marin

schedule29/03/2023, às 12:15

Danificada, espaçonave russa Soyuz volta à Terra sem tripulaçãoFonte:  NASA 

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A espaçonave russa Roscosmos Soyuz MS-22, uma cápsula espacial danificada, retornou da Estação Espacial Internacional (ISS) na terça-feira (28) sem tripulação, pousando de paraquedas no Cazaquistão às 8h46 (horário de Brasília). A desacoplagem da ISS ocorreu às 6h57.

Originalmente, a Soyuz é uma nave tripulada da tradicional linhagem de veículos espaciais lançados pela Rússia (e antes União Soviética) desde a década de 1960. A versão MS-22 é uma das versões mais modernas e levou dois cosmonautas russos (Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin) e um astronauta americano (Frank Rubio) a bordo da ISS em 21 de setembro do ano passado.

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Mas, menos de três meses após o acoplamento com o laboratório espacial, a equipe detectou um vazamento no sistema de refrigeração da cápsula, que a tornou insegura para os tripulação.

Qual é o defeito da Soyuz MS-22?

Nave Soyuz MS-22 acoplada no módulo Rassvet da ISS, antes de retornar à Terra.Nave Soyuz MS-22 acoplada no módulo Rassvet da ISS, antes de retornar à Terra.

De acordo com uma investigação preliminar realizada na ISS, a Soyuz MS-22 foi danificada pelo impacto de um micrometeorito que fez um furo de 0,8 mm no radiador de resfriamento externo. A conclusão da empresa espacial Roscosmos foi de que o módulo de serviço não era mais seguro para o retorno dos tripulantes à Terra.

Com isso, os cronogramas de lançamento foram reconfigurados e uma nave de resgate – a Soyuz M-23 – foi enviada à ISS no dia 26 de fevereiro, para dar "uma carona", em setembro, aos astronautas que ficaram retidos na ISS. 

Normalmente, os equipamentos defeituosos da ISS são encaminhados para uma incineração natural na atmosfera terrestre. No caso da M-22, os russos optaram por um pouso automatizado e assistido por paraquedas, para vistoriar o módulo e concluir a investigação do incidente.