Por que milhares de prédios caíram após terremoto na Turquia e na Síria?

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Imagem: Reprodução/Twitter

Na última segunda-feira (6), aconteceu o maior terremoto em 80 anos na Turquia e na Síria, um tremor de magnitude 7,8 na Escala Richter — pouco depois, a região ainda sofreu com tremores secundários. Fotos e vídeos divulgados na internet mostram alguns edifícios desabando durante o terremoto que, infelizmente, deixou milhares de mortos e feridos.

Até o momento, as autoridades afirmam que desabaram cerca de 3.450 edifícios na região turca — o abalo foi tão poderoso que os tremores foram sentidos até em algumas partes do Reino Unido. A Turquia já é conhecida por sofrer com terremotos, contudo, não ocorre um tremor dessa magnitude desde 1939, uma tragédia que causou mais de 30 mil mortes.

Como já é uma região conhecida por terremotos, o grande problema do desmoronamento dos edifícios é a má construção, segundo escreve Mark Quigley, professor de ciência de terremotos da Universidade de Melbourne (Austrália), em texto publicado no site The Conversation.

A maioria dos prédios parece ter sido construída em concreto sem nenhum tipo de reforço sísmico, de acordo com Quigley. O reforço é sugerido nos códigos de construção civil da Turquia, para que os prédios suportem fortes terremotos — alguns dos edifícios tinham reforço símico e, mesmo assim, falharam em suportar os tremores.

"Verdadeiramente devastador, Ya Allah, por favor, esteja com eles. Hoje foi um dia muito triste, muitas vidas foram perdidas, por favor, orem por eles durante este período difícil. Amém", disse um usuário que compartilhou o vídeo no Twitter.

Terremotos na Turquia

Segundo informações divulgadas pelo vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, até a manhã desta terça-feira (7), o número de mortes subiu para 5.434 no país — até ontem, o número era de 2.300 mortes. Já na Síria, o total é de 1.832 até o momento. Ou seja, o balanço total até a publicação deste texto aponta mais de 7 mil mortes.

Além dos destroços causados pelos desabamentos, a outra principal dificuldade das equipes de resgate é o frio. É inverno no Hemisfério Norte e o frio torna as buscas por sobreviventes presos nos destroços ainda mais difíceis. Além de milhares de sírios e turcos, os terremotos desabrigaram brasileiros e pessoas de outras nacionalidades que moram nos países.

O terremoto aconteceu perto da cidade turca Gaziantep, próximo da fronteira com a Síria, mas cerca de nove horas depois, ocorreu um segundo tremor de magnitude 7,5 na Escala Richter. O último terremoto na Turquia que deixou milhares de mortos aconteceu em 1999, em Izmit, quando morreram 17 mil pessoas.

"Estamos especialmente preocupados com as áreas em que ainda não temos informações. O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção", diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom.

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