Twistrons: os nanotubos de carbono criados para gerar energia elétrica

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Pesquisadores da Universidade do Texas (UTD), em Dallas, conseguiram aprimorar fibras formadas pelo entrelaçamento de nanotubos de carbono para conversão do movimento em energia elétrica. O estudo foi publicado na revista Nature Energy.

Cientistas sempre tentam aprimorar suas descobertas, as tornando mais eficientes, e cada vez mais próximas para aplicações no mundo real.

A utilização de nanotubos de carbono (CNTs) não é novidade. Essas estruturas ocas, 10 mil vezes mais finais do que o cabelo humano, têm sido amplamente estudadas em diversas áreas, mas especialmente para conversão e captação de energia.

Em 2017, o grupo de estudos em nanotecnologia da UTD, em conjunto com alguns colaboradores, conseguiu sucesso na conversão de energia mecânica em energia elétrica através da tração e torção desse material.

Mas agora, eles conseguiram melhorar a técnica gerando mais energia com "twistrons".

Mais à esquerda, composição do Twistron, entrelaçando de 3 fios de nanotubos de carbono, e à direita, o experimento anterior, com o nanotubo torcido.Mais à esquerda, composição do Twistron, entrelaçando de 3 fios de nanotubos de carbono, e à direita, o experimento anterior, com o nanotubo torcido.Fonte:  Instituto de Nanotecnologia da UT Dallas 

Os "twistrons" são formados pelo entrelaçamento de três fios de nanotubos de carbono, que se parecem, em muito, com os fios utilizados nas empresas têxteis.

Os pesquisadores observaram que nessa configuração algumas coisas interessantes acontecem quando o fio é tracionado.

Geralmente espera-se que quando sofra esse tipo de ação o fio se afine. Mas isso não acontece com o "twistron". Ele se torna mais denso, aproximando as fibras da sua composição.

Os cientistas acreditam que esse seja um dos fatores que influenciou para a melhora na captação de energia.

Normalmente, quando tracionados, os fios se estiram, afinando até que arrebentem.Normalmente, quando tracionados, os fios se estiram, afinando até que arrebentem.Fonte:  Shutterstock 

Em experimentos anteriores o máximo de conversão atingido pelo processo de torção e tração foi de 7,6%. Dessa vez, para surpresa dos pesquisadores, os "twistrons" conseguiram converter 17,4% de energia pelo processo de tração e 22,4% pela torção.

Com a melhora da conversão de energia obtida pelos fios, diversos usos podem ser pensados.

Saindo do comum, como a utilização em roupas, os cientistas prospectam também a utilização no mar, com a conversão da energia produzida pelas ondas.

Há ainda algumas lacunas a serem esclarecidas sobre como esse implemento de energia foi alcançado. Portanto, os pesquisadores irão continuar investigando e buscando melhorar, ainda mais, a eficiência dos "twistrons".

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