Cientistas da Universidade de Alberta, Canadá, identificaram ao menos dois novos minerais no meteorito El Ali. Um terceiro está em investigação. A descoberta foi apresentada no Simpósio de Exploração Espacial.
O meteorito foi identificado como objeto celeste em 2020, próximo da cidade de El Ali, região do Hiiraan, na Somália, e desde então, tem atraído curiosos.
De posse de uma amostra da "rocha", os pesquisadores da Universidade de Alberta, identificaram minerais nunca vistos de forma natural na Terra.
Os especialistas não imaginavam que um pedacinho de 70g de meteorito pudessem trazer tantas novidades.Fonte: Universidade de Alberta
Os novos minerais, foram batizados de elaliite, fazendo referência ao próprio meteorito e sua região de descoberta, e elkinstantonita, em homenagem a Lindy Elkins-Tanton, investigadora principal da Missão Psyche, da NASA.
Compostos por uma mistura de polônio, oxigênio e ferro, os elementos dão pistas do momento da formação do meteorito, revelando as interações entre os elementos e como eles podem ter se fundido.
A identificação dos novos materiais foi feita em tempo recordeFonte: Foto de Chokniti Khongchum/Pexels
A identificação dos novos materiais foi realizada de maneira bastante rápida. Os minerais já haviam sido produzidos de maneira sintética, e os dados já eram conhecidos.
Mas isso não tira a novidade, visto que é a primeira vez que as composições são observadas de forma natural.
Foto ilustrativa. Há ainda um terceiro elemento em vias de identificaçãoFonte: Foto de Peter Döpper/Pexels
Para os cientistas, essa é uma oportunidade para estudar e classificar novos elementos, que podem, futuramente, ter usos práticos em nosso cotidiano.
Mas pode haver um problema para o avanço da pesquisa: El Ali está "desaparecido". Após ter sido classificado como objeto celeste, houve um movimento para a comercialização do meteorito.
Os pesquisadores esperam que mais fragmentos sejam disponibilizados para estudo, contribuindo para que a ciência possa, cada vez mais, compreender a formação dos objetos celestes, e quiçá compreender como os planetas se formam.
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