Telefones podem indicar quando uma ponte vai cair, diz estudo

1 min de leitura
Imagem de: Telefones podem indicar quando uma ponte vai cair, diz estudo
Imagem: Unplash

Os dados móveis coletados do seu celular podem ajudar pesquisadores a avaliar a conservação de pontes. Esta é a proposta de uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Segundo os especialistas, os sinais transmitidos pelos nossos aparelhos portáteis carregam informações sobre as condições de vibrações de uma ponte quando passamos por ela. Coletando esses dados, é possível fazer uma análise sobre as condições da estrutura.

A Golden Gate, na Califórnia, foi usada nos estudos (Fonte: Unplash/Eric Ward)A Golden Gate, na Califórnia, foi usada nos estudos (Fonte: Unplash/Eric Ward)Fonte:  Unplash 

Essas vibrações são chamadas de frequências modais, e mudam ao longo do tempo com o desgaste das pontes. Os pesquisadores testaram o algoritmo na Golden Gate, construção icônica do estado americano da Califórnia, que liga as cidades de São Francisco e Sausalito. O teste foi feito com a colaboração de motoristas de aplicativo.

Os resultados foram bem próximos dos dados mostrados pelos sensores tradicionais usados para averiguar a qualidade da estrutura, mostrando que a nova tecnologia pode substituir o uso desses dispositivos, geralmente caros. Os dados obtidos dos smartphones são baratos, volumosos e estão por toda parte.

Para confirmar os resultados, os cientistas também provaram o algoritmo em uma ponte menor em Ciampino, na Itália, que tem estrutura de concreto, diferente da Golden Gate. Aqui os cálculos também convergiram com os números informados pelos sensores, mostrando a versatilidade de aplicações do novo método.

Os especialistas estimam que o monitoramento através dos celulares de passageiros pode aumentar em até 30% o tempo de vida útil das pontes. Entretanto, a tecnologia ainda precisa de aperfeiçoamento antes de ser lançada a público. Os resultados ainda foram divulgados apenas na forma de pré-publicação, sem passar pela avaliação de outros especialistas na área.

ARTIGO Arxiv: doi.org/10.48550/arXiv.2211.01363

Fontes

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.