Zé gotinha vira candidato (de mentira) à presidência para defender ciência

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Uma candidatura de mentirinha do famoso personagem brasileiro Zé Gotinha agita as redes sociais e faz apelo por investimento em ciência e saúde. O primeiro turno das eleições para presidente vai acontecer no dia 2 de outubro, mas infelizmente, o candidato não está mais no páreo.

Em uma campanha bem-humorada, e financiada pelo Instituto Serrapilheira, o personagem Zé Gotinha divulga em suas redes sociais o slogan: "herói da imunização nacional e agora defendendo a saúde e a ciência no país".

Apesar de engraçada, a candidatura de brincadeira do personagem presente nas campanhas de vacinação, e terror das crianças que têm medo de bonecos (e de agulhas), nos traz um alerta sobre o plano de governo dos candidatos à presidência. 

Mesmo havendo planos de investimento em ciência e saúde nas pautas dos presidenciáveis, as estimativas e propostas ainda estão muito distantes do que seria considerado ideal, ou mesmo básico, para o bom funcionamento do setor.

Em entrevista para o TecMundo, diversos pesquisadores falam sobre a crise que o país vem enfrentando em relação à "fuga de cérebros". Esse termo é utilizado para caracterizar um movimento de pesquisadores que migram para outros países a fim de continuar seus trabalhos.

zé gotinhaImagem mostra Zé Gotinha em campanha fictícia à presidência do Brasil (crédito: reprodução)

Isso se deve ao baixo financiamento de instituições que são berço do conhecimento científico no país, como universidades federais. Além disso, de acordo com os cientistas e pesquisadores, as bolsas de mestrado e doutorado não passam por revisão há 10 anos.

O reajuste dessas bolsas não está presente em nenhuma das propostas apresentadas pelos candidatos, o que é um fator preocupante.

Mas para além dos candidatos à presidência, também devemos voltar o olhar para a escolha dos governadores, senadores, deputados estaduais e deputados federais. Principalmente, levando-se em consideração a tríade que compõe o poder legislativo.

Com candidatos que compreendam a importância da ciência, o cenário de abandono pode ser modificado, dando ao nosso país, condições de ser autônomo e continuar em crescimento científico, tecnológico.

Zé Gotinha pensou em tudo isso, mas por não ser "pessoa humana", não poderá executar no Palácio do Planalto o objetivo para o qual foi criado em 1986, que é ser arauto da saúde, ciência, bem-estar e desenvolvimento em todas as áreas.

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