O primeiro caso de transmissão de varíola de macacos de um humano para animal foi relatado em Paris, França. O animal, um cachorro de raça galgo italiano, foi infectado por um de seus donos, de acordo com o relatório publicado na revista científica The Lancet.
O surto de varíola de macacos, antes considerado sem gravidade, ganhou o status de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, no dia 23 de julho. Sendo monitorado com mais afinco e atenção, as organizações de saúde têm estado em alerta para as formas de transmissão do vírus.
A varíola de macacos é uma zoonose, e até o momento não havia relatos da transmissão do vírus de humanos para outros animais. Dentro deste cenário, um caso chamou a atenção das organizações de saúde, a infecção do um cão em Paris.
)
Assim como nos humanos, o cão apresentou erupções cutâneas e lesões nas mucosas oral e anal.
De acordo com o relatório, os donos do animal apresentaram sinais da infecção e procuraram atendimento médico. Doze dias após o início dos sintomas, o animal também começou a apresentar erupções na pele, lesões nas mucosas e úlcera anal.
Os donos informaram que o animal dormia com eles na cama, e que desde o início dos sintomas, tanto os homens como o cão, mantiveram distanciamento de outras pessoas e animais.
Com intuito de descartar a possibilidade de os sinais e sintomas do cão serem apenas uma doença animal, os pesquisadores coletaram material das lesões e testaram as amostras. Os resultados dos testes deram positivo para varíola, e o vírus correspondia geneticamente ao encontrado em um dos cuidadores do animal.
De acordo com os especialistas, ainda não é possível dizer se os cães podem transmitir o vírus para humanos ou outros animas, no entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC), os incluiu na lista de hospedeiros da varíola de macacos.
ARTIGO The Lancet: doi.org/10.1016/S0140-6736(22)01487-8
)
)
)
)
)
)