Pesquisadores espanhóis criaram um novo adoçante de baixa caloria com um nível de doçura similar ao açúcar com o qual estamos acostumados. Além disso, a inovação também é capaz de estimular a flora intestinal.
Criado a partir de fontes naturais, o produto desenvolvido não aumenta os níveis de glicose no sangue. A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Agricultural and Food Chemistry.
Vários segmentos industriais têm interesse em encontrar novos adoçantes artificiais (Fonte: Shutterstock)
Para criar um novo adoçante, os cientistas buscaram alternativas em fontes naturais. Duas saltaram aos olhos: os galactooligossacarídeos e os mogrosídeos, moléculas encontradas no leite materno e em frutas Luo Han Guo (fruta-dos-monges) do sul da China, respectivamente.
O problema, entretanto, é que nenhuma delas é um bom adoçante por si só. Apesar de ter o mesmo valor nutricional do açúcar, os galactooligossacarídeos não têm gosto. Já os mogrosídeos são doces demais para alguns consumidores.
Unindo essas moléculas, porém, os pesquisadores conseguiram obter um adoçante palatável. De quebra, testes iniciais mostraram que o novo ingrediente é capaz de estimular o crescimento de bactérias Bifidobacterium e Lactobacillus do intestino.
O sabor agradável e o valor probiótico podem ser atrativos para o produto. Antes de ser distribuídos nas prateleiras, entretanto, ele deve passar por ensaios clínicos para avaliar a sua segurança.
“Este novo ingrediente pode fornecer benefícios à saúde quando avaliado em estudos humanos, combinando doçura e funcionalidade da fibra probiótica”, escreveram os autores do estudo.
ARTIGO Journal of Agricultural and Food Chemistry: doi.org/10.1021/acs.jafc.2c01363
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