Golfinhos identificam amigos pelo gosto da urina, mostra estudo

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Um novo estudo revela que golfinhos nariz-de-garrafa são capazes de reconhecer seus semelhantes pelo gosto da urina. Os pesquisadores reproduziram em um aquário condições que são observadas na natureza para comprovar a descoberta.

Os resultados foram publicados na revista científica Science Advances e mostram que esses cetáceos possuem uma dinâmica social complexa e conseguem se diferenciar entre si. Além do gosto da urina, o assobio característico também tem papel nessa identificação.

Golfinhos identificam uns aos outros pelo gosto da urina (Fonte: Shutterstock)Golfinhos identificam uns aos outros pelo gosto da urina (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

Jason Bruck, da Universidade Estadual Stephen F. Austin, no Texas, Estados Unidos, estuda esses animais e observou que eles nadavam propositalmente entre a urina deixada por outros da espécie. Foi então que ele resolveu testar uma hipótese.

Para a BBC, o cientista declarou que a pesquisa foi um tiro no escuro, e o resultado o surpreendeu. Fazendo testes com animais em cativeiro, o pesquisador e sua equipe despejaram água com gelo nas piscinas e observaram como os bichos se comportavam.

Em uma segunda bateria de ensaios, eles analisaram a reação dos cetáceos à urina de outros golfinhos. Quando se tratava de animais familiares, os nariz-de-garrafa dedicavam até três vezes mais tempo na identificação do companheiro do que entre desconhecidos.

Foi assim que eles descobriram que os indivíduos usam o gosto da urina para se identificar. Além disso, eles também comprovaram outra hipótese: o assobio usado pelos animais funciona como uma espécie de nome e os ajuda a saber quem é quem.

A descoberta mostra como esses animais possuem uma compreensão social complexa, e são capazes de localizar a própria família e amigos. Além disso, é o primeiro exemplo de um ser vivo capaz de identificar os semelhantes pelo paladar.

Os animais pertencem à espécie Tursiops truncates e deixaram Bruck surpreso. “Embora isso possa parecer fácil para um humano, os animais nem sempre fazem isso”, diz ao site da revista New Scientist. "Fiquei chocado, apenas chocado."

ARTIGO Science Advances: doi.org/10.1126/sciadv.abm7684

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