Prepare-se para uma corrida de 24 horas com muita ciência e inovação! A segunda edição da corrida de nanocarros, a NanoCar Race, acontecerá nos dias 24 e 25 de março de 2022, em Toulouse na França. Competidores de oito países participarão do evento, que será transmitido via live pelo canal do Center for Advancing Electronics–Dresden (CFAED).
Realizada pelo Centre d'Élaboration de Matériaux et d'Études Structurales (CEMES), da French National Center for Scientific Research (CNRS), a primeira edição que ocorreu em 2017, levou quatro anos para ser preparada. Para a segunda edição, houve 23 inscrições, das quais 11 foram selecionadas. Mas, após o adiamento, em 2020, apenas 8 equipes conseguiram se manter na participação do evento.
Os nanocarros são construídos a partir de uma única molécula, e possuem chassis, rodas e eixos que giram livremente, assim como um motor, que pode ser dipolo ou por tunelamento inelástico, movidos a luz. A construção de cada veículo fica a critério dos competidores, tendo variações na quantidade de rodas, e formato, podendo até mesmo usar pneus com pás que auxiliam na movimentação.
Oito países participarão da segunda edição do eventoFonte: CNRS
Como vai ser a NanoCar Race?
Assim como os carros, as pistas de corrida também são preparadas pelas próprias equipes, em superfícies de cristal de ouro puro, com raias que devem conter entre 100 e 200 nanômetros, sendo devidamente preparadas para que os nanocarros não fiquem presos em irregularidades na superfície da pista durante o trajeto. Nesta edição, as equipes que contornarem o maior número de curvas, mostrando o quão manobráveis são as máquinas moleculares, ganhará pontos extras.
Mas como enxergar essas máquinas tão minúsculas? As equipes utilizam um microscópio de corrente por tunelamento, que além de oferecer imagens com boa resolução de átomos e moléculas, também são a fonte de luz, que gera o impulso para os motores dos nanocarros.
Além de muito instigante e divertido, o evento tem o objetivo de observar e “elucidar os fenômenos físicos e químicos que fazem uma molécula-carro se mover de maneira controlada sobre uma superfície”, e " para determinar se o momento dipolar ou o efeito inelástico é mais competitivo no teste slalom", como explica o organizador e professor pesquisador, Christian Joachim da CNRS.
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