Hérnia: o que é, quais são os tipos e os principais sintomas

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A hérnia é um problema de saúde relativamente comum. O termo médico é usado nos casos em que um órgão interno ou parte dele se desloca da sua posição habitual e, frequentemente, fica saliente por baixo da pele.

Esse deslocamento pode acontecer em qualquer parte do nosso corpo. Quando aparece, precisa ser tratado e é comum que para isso sejam realizadas cirurgias. Pessoas de todas as idades estão suscetíveis a isso, mas geralmente ocorre com mais frequência em adultos.

A hérnia de disco, um dos tipos mais comuns do problema, pode vir acompanhada de dor intensa (Fonte: Unplash/Sasun Bughdaryan)A hérnia de disco, um dos tipos mais comuns do problema, pode vir acompanhada de dor intensa. (Fonte: Unplash/Sasun Bughdaryan)Fonte:  Unplash 

Existem diversas causas possíveis para o surgimento da hérnia. Algumas podem ter origem congênita; outras podem surgir por conta de um esforço físico excessivo ou má alimentação. Constipação do intestino também pode causar o problema, assim como muitas gestações consecutivas podem representar um fator de risco e a idade, já que é mais comum em adultos. Em certas ocasiões, a hérnia só se manifesta algum tempo depois de surgir.

De acordo com o tipo, há determinados sintomas específicos. Em geral, os sinais mais comuns incluem dor e inchaço do local afetado, náuseas e vômitos. Se a região inchar ou mudar de cor, é recomendado buscar um médico imediatamente.

Para diagnosticar uma hérnia, muitas vezes basta analisar os sintomas e realizar uma inspeção simples do local afetado na busca por protuberâncias ou saliências. Entretanto, em outros casos é necessário realizar exames como a ultrassonografia.

Hérnia de disco

A nossa coluna vertebral é formada por ossos intercalados por estruturas cartilaginosas chamadas discos intervertebrais. Eles atuam como amortecedores, impedindo que as vértebras se choquem uma contra as outras e se desgastem no decorrer da vida.

Algumas situações podem tirar um desses discos do local correto, e eles vão acabar pressionando as raízes nervosas da medula espinhal, provocando dores. A obesidade e o enfraquecimento dos músculos são fatores de risco para isso acontecer.

Além disso, é uma patologia comum entre idosos por ser um processo natural do envelhecimento. Pessoas que carregam muito peso nas costas ou nos ombros cotidianamente — como bolsas ou mochilas pesadas — também têm predisposição ao problema.

Hérnia inguinal

Quando há uma abertura do abdômen pode ocorrer a saída de parte do intestino ou de outro órgão da região, causando uma hérnia inguinal. Ela geralmente aparece na região da virilha, sendo mais comum em homens.

Esse tipo geralmente não causa dor e pode passar desapercebida. Entretanto, é importante estar atento. Se identificada precocemente, é facilmente tratável e não ocasionará maiores complicações, mas se não for detectada, o problema pode evoluir, aumentando o risco de infecções.

Nos homens, a hérnia pode chegar a afetar o escroto, e passa a ser chamada inguinoescrotal. Quando acontece, causa muita dor e dificuldade para andar. Esse tipo costuma surgir após a realização de esforço físico intenso.

Hérnia femoral

Mais rara, a hérnia femoral ocorre na raiz da coxa. Ela é muito parecida com a inguinal, exceto pela região afetada. Além disso, ocorre com mais frequência em mulheres, e há indícios de que esteja associada à gestação. O problema pode causar dores, náusea, vômito ou cólica.

Hérnia epigástrica

O deslocamento dos músculos do abdômen na região entre o umbigo e o tórax pode permitir o escape de algum órgão ou tecido. Essa hérnia é chamada epigástrica. Geralmente ela vem acompanhada de dor e de um aumento grande do volume da região.

Na maioria dos casos, apenas escapam gordura ou o peritônio (membrana que cobre o abdômen). Por isso, o estrangulamento de algum órgão é mais raro nesse tipo de hérnia. O tratamento sempre requer intervenção cirúrgica.

Hérnia umbilical

A hérnia umbilical é a mais comum em crianças. Ela ocorre, como o nome indica, no umbigo e é causada por alguma falha na cicatrização da região. Geralmente, desaparece naturalmente e também pode ocorrer na mãe.

Esforço excessivo após o parto, obesidade ou gravidez consecutiva são fatores que aumentam o risco da enfermidade. Quando necessário, o tratamento costuma ser feito por meio de intervenção cirúrgica, para evitar o estrangulamento do órgão que escapa pela abertura.

Hérnia incisional

A hérnia incisional acontece em cicatrizes do abdômen deixadas por cirurgias. Quase sempre não causa nenhum sintoma, exceto inchaço e nódulos subsequentes. Entretanto, é importante monitorar sempre o local. Com o passar do tempo, ela pode aumentar e levar a dores e incômodo na região. Nesses casos, é necessário realizar uma intervenção cirúrgica.

Hérnia muscular

A hérnia muscular pode surgir em qualquer músculo do corpo, embora seja mais comum nas pernas, entre os joelhos e os tornozelos. É causada, geralmente, pela prática intensa de atividade física e o tratamento mais indicado é o repouso.

Hérnia diafragmática

Outro caso raro, a hérnia diafragmática surge quando parte do estômago força sua saída para fora da caixa torácica. Ela está ligada à fraqueza da parede abdominal. Entre os sintomas, o paciente pode sentir muito refluxo e azia.

A hérnia é um problema simples na maioria dos casos e pode ser tratada com medicamentos para aliviar os sintomas. Em alguns quadros, podem ser necessárias cirurgias e quanto antes diagnosticado o problema, mais fácil será a recuperação.

Por isso, ao perceber um inchaço ou caroço em qualquer região do corpo, é fundamental buscar um médico, mesmo que não haja dor. Ter atenção na prática de exercícios físicos também é fundamental. Afinal, quando se trata de saúde, o melhor caminho é a prevenção.

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