Missão espacial revela planeta deformado em forma de bola de rúgbi

1 min de leitura
Imagem de: Missão espacial revela planeta deformado em forma de bola de rúgbi
Imagem: ESA

Lançada em dezembro de 2019, a chamada missão de exoplanetas CHEOPS, da Agência Espacial Europeia (ESA) revelou, no dia 11 de janeiro, mais um desses planetas que orbitam estrelas que não o nosso Sol. Chamado de WASP-103b, o planeta recém-descoberto tem duas particularidades incomuns: orbita sua estrela-mãe em apenas um dia, e não tem forma de esfera, assumindo a configuração de uma bola de rúgbi.

Publicada na revista Astronomy & Astrophysics, a pesquisa sobre o WASP-103b revela que o corpo celeste deformado se localiza na constelação de Hércules, considerada extensa, mas com estrelas pouco brilhantes. Segundo os cientistas, o planeta foi desfigurado pelas forças das marés, estimadas como monumentais devido à proximidade com a estrela, que é 1,7 vez maior que o nosso sol e cerca de 200 graus mais quente.

Fonte: ESA/Divulgação.Fonte: ESA/Divulgação.Fonte:  ESA 

Detecção da deformação das marés

Embora planetas de período ultracurto sofram naturalmente fortes interações de maré com sua estrela hospedeira, o que resulta em deformação planetária e decaimento orbital das marés, o WASP-103b foi considerado o exoplaneta com a assinatura de deformação mais alta em relação à sua curva de luz trânsito já observado até hoje. Não por acaso é também um dos tempos de espiral mais curtos.

Diferentemente do que ocorre na Terra, onde principalmente a força da Lua puxa levemente as águas dos oceanos enquanto nos orbita, no caso do mundo observado pela CHEOPS esse efeito foi assumido como gigantesco, mesmo para um planeta com quase o dobro do tamanho do planeta Júpiter e com 1,5 vez a sua massa.

Nunca medidas até hoje, essas marés foram avaliadas pela primeira vez neste estudo, usando as informações do telescópio espacial CHEOPS, combinadas com dados já obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble e também pelo Telescópio Espacial Spitzer. Os resultados sugeriram um surpreendente aumento do período orbital, em vez de uma diminuição, que é um comportamento esperado de um planeta tão próximo de sua estrela-mãe.

ARTIGO Astronomy & Astrophysics: doi.org/10.1051/0004-6361/202142196

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.