Ciência

#AstroMiniBR: conheça o telescópio maior do que o Coliseu de Roma

As 5 curiosidades astronômicas da semana #AstroMiniBR!

Avatar do(a) autor(a): Nícolas Oliveira

08/01/2022, às 16:00

#AstroMiniBR: conheça o telescópio maior do que o Coliseu de Roma

Fonte:

Imagem de #AstroMiniBR: conheça o telescópio maior do que o Coliseu de Roma no tecmundo

Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: O Telescópio Extremamente Grande!

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Telescópios espaciais são legais, mas sabia que tem um telescópio gigantesco sendo construído no Chile? ??<br><br>O Extremely Large Telescope (ELT) terá um espelho com 39 m de diâmetro, composto por centenas de segmentos hexagonais ??<br><br>Ele começará a operar em 2025! ?<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/FKcS8eT5TL">pic.twitter.com/FKcS8eT5TL</a></p>&mdash; Thallis Pessi (@thallislp) <a href="https://twitter.com/thallislp/status/1479098983284981762?ref_src=twsrc%5Etfw">January 6, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Astrônomos profissionais costumar deter o título, com razão, de serem os mais criativos na hora de nomear coisas ou de inventar acrônimos. Muitas vezes o tiro sai pela culatra e a criatividade dá lugar a uma nomeação óbvia, como é o caso do ELT (Extremely Large Telescope, ou telescópio extremamente grande). Esse é um nome que faz jus ao seu significado: trata-se um observatório astronômico, atualmente em construção, que será o maior telescópio óptico/infravermelho do mundo! O telescópio faz parte do Observatório Europeu do Sul (ESO), e está localizado no topo do Cerro Armazones, no deserto de Atacama, no norte do Chile. O telescópio refletor possuirá um espelho primário de 39,3 metros de diâmetro, um espelho secundário de 4,2 metros de diâmetro e contará com um suporte avançado de óptica adaptativa e diversos outros instrumentos científicos. Desse modo o ELT será capaz de coletar 100 milhões de vezes mais luz do que o olho humano e até 13 vezes mais luz do que os maiores telescópios ópticos existentes! Tudo isso para estudar desde as primeiras galáxias formadas no Universo até os buracos negros supermassivos de hoje.

#2: Você sabe o que são os Pontos de Lagrange?

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Pra observar a radiação no espectro infravermelho o telescópio <a href="https://twitter.com/hashtag/JamesWebb?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#JamesWebb</a> tem que estar protegido da interferência de qualquer fonte de luz e calor como o Sol e a Terra. Por isso ele não pode ficar na nossa órbita! O melhor lugar é o L2, que explicamos nessa imagem:<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/55pqT9cDUi">pic.twitter.com/55pqT9cDUi</a></p>&mdash; Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) <a href="https://twitter.com/CeuProfundo/status/1477741922332598272?ref_src=twsrc%5Etfw">January 2, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Os Pontos de Lagrange são regiões no espaço onde as forças gravitacionais de um sistema de dois corpos como o Sol e a Terra, por exemplo, produzem posições aprimoradas de atração e repulsão. Em outras palavras, são lugares no espaço onde os objetos enviados tendem a permanecer no mesmo lugar. Nos pontos de Lagrange, a atração gravitacional de duas grandes massas é exatamente igual à força centrípeta necessária para que um pequeno objeto se mova com elas. Por conta disso, esses pontos no espaço podem ser usados por espaçonaves para reduzir o consumo de combustível necessário para permanecer naquele lugar. Nomeados em homenagem ao matemático Josephy-Louis Lagrange, existem cinco pontos de Lagrange ao qual um pequeno corpo pode orbitar em um padrão constante em um sistema de dois corpos. O Telescópio Espacial James Webb (JWST), lançado em 25 de dezembro, está previsto para ficar em um destes pontos, chamado L2!

#3: E falando no Telescópio Espacial James Webb...

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Genteeee!<br><br>O <a href="https://twitter.com/hashtag/JWST?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#JWST</a> foi lançado tem 11 dias e hoje o espelho secundário foi implantado e travado perfeitamente!<br><br>Em 2 dias o primário vai ABRIR no espaço. O origami ta quase la ein gente. Mais 19 dias para destino final<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/WCJmRsYIph">pic.twitter.com/WCJmRsYIph</a></p>&mdash; Camila Esperança (@astronomacamila) <a href="https://twitter.com/astronomacamila/status/1478831078664200197?ref_src=twsrc%5Etfw">January 5, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Os atrasos no lançamento não foram à toa. O JWST tem completado com sucesso todas as fases esperadas desde o seu lançamento e mantém um excelente curso em direção ao seu destino final: o segundo ponto Lagrangiano (L2) a 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra. A implantação do espelho secundário indica que agora o JWST é, de fato, um telescópio, uma vez que se o espelho secundário não fosse acionado, ele não seria capaz de passar luz através dos seus instrumentos e a missão chegaria praticamente ao fim. Mesmo com todo os sucessos até agora, não há muito tempo para descanso: mais três implantações principais são necessárias para completar o comissionamento inicial de Webb e são esperados até o final desta semana!

#4: Quão grande é o Sol?

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">Quantas terras podem caber no Sol? <br><br>A resposta é 1,3 milhão de terras! Aqui está uma representação visual! <br><br>O Sol é tão grande que representa 99,86% da massa de todo o Sistema Solar. Júpiter e Saturno pegam a maior parte dos 0,14% restantes!<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a><br><br>via <a href="https://twitter.com/Rainmaker1973?ref_src=twsrc%5Etfw">@Rainmaker1973</a> <a href="https://t.co/ZcOcFFlrXp">pic.twitter.com/ZcOcFFlrXp</a></p>&mdash; Nícolas Oliveira (@nicooliveira_) <a href="https://twitter.com/nicooliveira_/status/1479096873206046720?ref_src=twsrc%5Etfw">January 6, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Certamente, em algum momento da sua vida, você já fez essa pergunta. Embora o disco solar aparente ser relativamente pequeno no céu, esse efeito deve-se apenas à distância que estamos da nossa estrela: impressionantes 150 milhões de quilômetros, em média! O Sol, uma estrela considerada mediana para as populações estelares do Universo, não deixa de impressionar quando comparada aos corpos do Sistema Solar. Ele representa a maior parte absoluta da massa total do sistema: se somássemos a massa de todos os planetas, luas, asteroides, cometas, poeira e gás do Sistema Solar, isso resultaria em meros 0,14% do valor total. Além disso, o Sol é tão grande que nele seria possível colocar cerca de 1 milhão e 300 mil terras e ainda sobraria espaço! Não acredita? Bom, não é difícil fazer essa estimativa: pegue o volume do Sol e divida pelo volume da Terra e confira por si mesmo!

#5: Um eclipse solar visto de um avião!

<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="pt" dir="ltr">parece um pixel saturado no Sol, mas é um eclipse visto de um avião!<br><br>o eclipse solar de dez/21 foi visto ao sul da America do Sul e parte da Antartica. na imagem, o avião capturou o momento que a Lua eclipsou o astro-rei, evidenciando a coroa solar<br><br>{c} Petr Horálek<a href="https://twitter.com/hashtag/AstroMiniBR?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AstroMiniBR</a> <a href="https://t.co/SiY5il6hbT">pic.twitter.com/SiY5il6hbT</a></p>&mdash; yanna martins franco (@martins_yanna) <a href="https://twitter.com/martins_yanna/status/1478454792850706438?ref_src=twsrc%5Etfw">January 4, 2022</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Ver um eclipse solar certamente não é algo que se faz todo dia. Há muitos que, inclusive, passam uma vida inteira sem nunca ter a experiência. Agora imagina só ver um eclipse solar acima das nuvens?! Foi justamente isso que o fotógrafo Petr Horalék presenciou no último eclipse solar total de 4 de dezembro do ano passado. Ele conseguiu fazer o registro com uma grande angular e capturou detalhes para fazer uma composição da coroa solar além do que o olho humano é capaz de fazer sem o auxílio de instrumentos! Na fotografia é possível ver perfeitamente a projeção da sombra lunar nas nuvens a mais de 8 mil metros de altitude!


Avatar do(a) autor(a): Nícolas Oliveira

Por Nícolas Oliveira

Especialista em Especialista


Fontes