Vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19, mostra estudo

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Novos dados mostram que a aplicação das duas doses das vacinas contra a covid-19 aumentam a proteção contra a reinfecção de pessoas que já tiveram a doença. Os dados foram levantados por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Cerca de 90 mil voluntários participaram da pesquisa, todos com mais de 18 anos. Todos fizeram testes RT-PCR para diagnosticar a infecção do coronavírus antes e após completarem o esquema completo de vacinação, entre os meses de fevereiro e novembro de 2021.

Cerca de um quarto dos participantes (mais de 22 mil) tiveram reinfecção. Ainda assim, foram 68 mil pessoas que se beneficiaram do efeito das vacinas.

A vacinação aumenta a proteção contra a reinfecção pelo coronavírus (Fonte: Pixabay/ronstik)A vacinação aumenta a proteção contra a reinfecção pelo coronavírus (Fonte: Pixabay/ronstik)Fonte:  Pixabay 

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção", diz Julio Croda Vemos, pesquisador da Fiocruz Mato Grosso do Sul e responsável pelo estudo, em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

Ele afirma que alguns países recomendaram apenas uma dose para ex-pacientes da covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves."

Os pesquisadores analisaram a efetividade contra a doença para até 14 dias após o esquema vacinal completo (segunda dose ou dose única). Os resultados foram de 37,5% para a CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer.

Já contra hospitalização e morte, a efetividade é de 82,2% com a CoronaVac, 90,8% com a AstraZeneca, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen. Esses valores também são válidos para 14 dias após a segunda dose — ou dose única da Janssen.

Os resultados foram publicados em forma de artigo pré-print no repositório medRxiv, logo, ainda necessita passar pelo processo formal de revisão de outros cientistas que atestem a qualidade da pesquisa.

ARTIGO medRxvi: doi.org/10.1101/2021.12.21.21268058v1

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