#AstroMiniBR: mergulho em Júpiter, o cometa Leonard e outras curiosidades

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Imagem: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Kevin M. Gill

Todo sábado, o TecMundo e o #AstroMiniBR reúnem cinco curiosidades astronômicas relevantes e divertidas produzidas pelos colaboradores do perfil no Twitter para disseminar o conhecimento dessa ciência que é a mais antiga de todas!

#1: A Terra e a Lua de uma maneira que você nunca viu!

Nas últimas décadas, o desenvolvimento aeroespacial da China tem conquistado posição de destaque mundial. Prova disso são os resultados fantásticos obtidos por suas missões espaciais nas cercanias da Terra e em regiões mais distantes no Sistema Solar. Um exemplo foram os obtidos pela sonda Chang’e 5 T1, uma missão lunar experimental lançada em 2014 que produziu o fantástico registro apresentado acima do sistema Terra-Lua! No primeiro plano, vemos o lado oculto de nosso satélite natural, aquele que nunca poderemos ver da Terra e, à distância, quase escondida na escuridão cósmica, o nosso pequeno planeta azul que parece flutuar no vazio. Alguns diriam que parece se tratar da cena de um filme de ficção científica, mas, se fôssemos viajantes espaciais em aproximação do Sistema Solar, é assim que nosso planeta se apresentaria, visto de longe. A Chang'e 5 T1 foi uma missão não-tripulada que serviu de prévia à missão principal Chang'e 5, testando equipamentos e manobras orbitais ao redor da Lua.

#2: Uma equação para calcular civilizações inteligentes na nossa galáxia!

Para qualquer entusiasta de astronomia ou de divulgação científica, Carl Sagan dispensa apresentações. Exímio cientista e comunicador incomparável, era amigo de Frank Drake, astrônomo estadunidense famoso por ter fundado o SETI (sigla em inglês para Search for Extraterrestrial Intelligence) e por ter criado a chamada Equação de Drake, uma expressão probabilística que estima o número de civilizações extraterrestres inteligentes em nossa galáxia Via Láctea com as quais poderíamos estabelecer alguma espécie de comunicação. Expressa matematicamente por N = R*. fp . ne . fl . fi . fc . L. Em suma, essas sete variáveis definem: R*, a taxa de formação de estrelas propícias para o desenvolvimento de vida inteligente; fp, a fração dessas estrelas com sistemas planetários; ne, o número de planetas por estrela que possuem um ambiente adequado para formar vida; fl, a fração destes planetas adequados nos quais a vida realmente aparece; fi, a fração de planetas com vida que evolui para vida inteligente; fc, a fração de civilizações inteligentes que desenvolvem uma tecnologia com sinais detectáveis de sua existência no espaço; e, por fim, L, o período de tempo em que tais civilizações sobrevivem e enviam sinais detectáveis no espaço. O resultado dessa equação depende dos valores assumidos para cada uma dessas variáveis e costuma resultar em números entre 10 e 10.000 civilizações.

#3: O cometa Leonard vem aí!

O cometa Leonard vem aí! Batizado oficialmente de cometa C/2021 A1 (Leonard), esse viajante cósmico passará perto da Terra e de Vênus este mês antes de “voar” em torno do Sol no início de janeiro de 2022. Através das observações feitas até então, como esta apresentada na imagem acima, vê-se que o cometa já vem exibindo um coma tingida de verde e uma cauda de poeira estendida. Logo após sua passagem próxima da Terra, o cometa mudará dos céus do norte para o sul e poderá ser visto do Brasil nos últimos dias do ano!

#4: Falando em cometa... como seria estar dentro de um?

Parece uma cena de uma obra fantástica de Tolkien ou de George Martin, mas a imagem acima mostra os penhascos da superfície de um cometa. Mas especificamente do cometa Churyumov Gerasimenko, registrados pela sonda robótica Rosetta, lançada pela ESA (Agência Espacial Europeia) em 2004 e que começou a orbitar o cometa dez anos depois, em 2014. Esses penhascos irregulares se elevam a cerca de um quilômetro de altura e, por conta da baixa gravidade da superfície do cometa, se um ser humano desse um salto de lá de cima em direção ao solo teria chances muito boas de sobreviver!

#5: Como seria mergulhar em Júpiter?

De forma curta e simples, nada agradável! O maior planeta do nosso Sistema Solar é composto essencialmente de hidrogênio e gás hélio. Tentar pousar nele com uma nave espacial seria como tentar pousar em uma nuvem aqui na Terra: não é possível! Em Júpiter não há uma crosta externa análoga à da Terra que colocaria fim à uma entrada em suas vastas camadas de nuvens: nele encontra-se apenas uma extensão contínua e gigantesca de atmosfera! Além disso, à medida que a descida se torna mais profunda em sua atmosfera, a densidade de suas camadas aumenta cada vez mais, aumentando a pressão e a temperatura, até chegar a valores milhares de vezes maior que os valores correspondentes na superfície da Terra. À única forma de sobreviver por mais que alguns segundos nesse mergulho seria estando em uma espaçonave construída aos moldes do submarino Trieste, o submarino de mergulho mais profundo da Terra. Porém, continuando a descida, nada construído na Terra seria capaz de suportar à pressão esmagadora e à temperatura escaldante de milhares de graus centígrados!

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