Surto da 'doença da urina preta' atinge o estado do Amazonas

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Imagem: StockSnap/Paul Morris/Reprodução

O estado do Amazonas registrou, nos últimos 10 dias, pelo menos 40 casos e uma morte em decorrência da Doença de Half, popularmente conhecida como “doença da urina preta”. A enfermidade é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes, como o tambaqui, o badejo e a arabaiana, ou crustáceos como lagosta, lagostim, camarão.

O surto começou a ser registrado em Itacoatiara, município a 176 km da capital amazonense, onde foram identificados 34 casos e uma morte desde o dia 21 de agosto, de acordo com informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. Do total de doentes, 10 pacientes continuam internados.

Por enquanto, ainda não foi comprovada qual é a origem da doença. Uma equipe técnica está investigando o foco inicial em busca de resposta. As autoridades locais ainda não orientaram a população quanto à suspensão do consumo de peixe.

“Doença da urina preta”

Pescados mal armazenados podem liberar toxina que causa a Doença de Haff (Fonte: Pxhere/Reprodução)Pescados mal armazenados podem liberar toxina que causa a Doença de Haff (Fonte: Pxhere/Reprodução)Fonte:  Pxhere/Reprodução 

A “doença da urina preta” foi descoberta em um lago chamado Frisches Haff, em 1924, em território que era pertencente à Alemanha. A sua origem é desconhecida, mas sabe-se que está associada ao consumo de animais aquáticos.

Uma das principais hipóteses é que os peixes e crustáceos, quando armazenados de forma inadequada, podem criar uma toxina sem cheiro e sem sabor. A ingestão da substância, mesmo cozido, frito ou assado, provoca a destruição das fibras musculares esqueléticas, conhecida como rabdomiólise, e libera substâncias no sangue que são capazes de danificar o sistema muscular e órgãos como os rins.

Sintomas

Entre duas e 24 horas após a ingestão do alimento contaminado, começam a aparecer sintomas como febre, náusea, vômito, falta de ar, diarreia, dores musculares e dormência no corpo. Os pacientes também costumam apresentar insuficiência renal, com a urina bem escura. No aparecimento desses sinais, é importante procurar imediatamente o atendimento médico.

Tratamento e prevenção

O tratamento é realizado com hidratação, para diminuir a concentração da toxina no sangue e favorecer a eliminação por meio da urina. Em caso mais graves, pode ser necessário internamento e hemodiálise.

Para prevenir a doença, é recomendável consumir pescados ou crustáceos com origem, transporte e armazenamento com garantia de segurança.


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