Facebook desiste do seu projeto de headset 'leitor de mentes'

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Pode parecer um roteiro de ficção científica, mas uma postagem feita pelo Facebook na quarta-feira (14) informou que a empresa está desistindo do seu projeto de desenvolver um headset de interface entre o cérebro humano e computador, capaz de converter sinais neurais em palavras faladas. Ou seja, um fone de operador capaz de ler mentes.

Com isso, a empresa dona da rede social mais famosa do mundo pretende investir no desenvolvimento de uma solução alternativa, baseada em pulso, que pode atuar como um controlador em ambiente de realidade virtual (RV). Diferente do headset originalmente projetado, o novo dispositivo tem um formato parecido com um smartwatch.

No blog, o Facebook explica que, embora a companhia ainda acredite “no potencial de longo prazo das tecnologias óticas montadas na cabeça [interface cérebro-computador]”, a nova estratégia foca em uma interface neural diferente, com potencial para lançamento no mercado em curto prazo.

Desenvolvendo um leitor de mentes

Um dos neurocientistas que trabalhou no projeto do Facebook, Mark Chevillet, esclareceu ao MIT Techonology Review que, de acordo com sua experiência prática nesse tipo de tecnologia, transformar em produto um dispositivo ótico desprovido de fala ainda está muito longe se ser real. “Possivelmente mais distante do que havíamos previsto”, conclui.

Apesar de abortada, a pesquisa financiada pelo Facebook mostrou alguns resultados impressionantes, permitindo, por exemplo, que um paciente vítima de derrame cerebral conseguisse “digitar” frases com 15 palavras por minuto. Embora seja um feito científico respeitável, ainda ficou distante do impacto comercial pretendido pela empresa de Mark Zuckerberg.

A nova aposta do Facebook é uma espécie de vestível que, a partir do pulso, consegue ler sinais musculares do braço, funcionando como um controlador de experiências de RV. Nesse sentido, a startup novaiorquina CTRL-Labs, adquirida pelo Facebook em 2019, trabalha há seis anos em um projeto para viabilizar a comercialização de uma pulseira que reconhece comandos neurais.

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