Brasil registra maior pico de mortes desde o início da pandemia

1 min de leitura
Imagem de: Brasil registra maior pico de mortes desde o início da pandemia
Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

O Brasil registrou ontem (25) o maior número de mortes em 24 horas desde o início da pandemia, com 1.582 óbitos. Em contrapartida, o índice de isolamento social teve as menores marcas registradas desde a segunda semana de março de 2020, período em que os estados estavam começando a decretar o fechamento ou redução dos serviços não essenciais. Entre os motivos do baixo índice registrado estão a volta às aulas presenciais e o fim do auxílio emergencial, que incentivou a volta do trabalho nas ruas.

Os números são medidos pela startup In Loco com uma tecnologia que “puxa” dados públicos gerados pela localização de 60 milhões de celulares. Segundo informações divulgadas pela empresa, a média de isolamento ficou em 32% na terça (23) e quarta-feira (24). É a mais baixa desde o dia 13 de março de 2020, quando o país ainda não havia registrado nenhuma morte pela doença.

Segundo o professor do Departamento de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte que trabalha com análise de dados da covid-19, José Dias do Nascimento, o índice é extremamente baixo e amplia a quantidade de população exposta.

"Na nossa situação atual era para termos um isolamento de pelo menos 70%. Claro, são números difíceis de alcançar, mas é urgente para estancar esse crescimento. Infelizmente esse padrão de comportamento só conseguimos no início da pandemia, e nunca mais", disse ao UOL.

Piores índices

Os estados com piores índices de isolamento são Tocantins - com apenas 28,5% - seguido por Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Já os líderes em isolamento são o Acre, Amazonas, Ceará, Roraima e Rondônia, estados que tiveram medidas mais rígidas para conter a explosão de casos e que enfrentam redes de saúde lotadas.

Segundo a In Loco, todos os dados do estudo são agregados, ou seja, não coletam informações de identificação, como nome, e-mail ou número do telefone.

Fontes

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.