Malha de carbono pode triplicar vida útil de pontes e viadutos

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Imagem: Flickr/Phil's 1stPix/Reprodução

Reparar estruturas de concreto é um trabalho constante por conta da ação do tempo e das intempéries – aumentar a vida útil não somente das construções como também dos reparos é o que faz o método de reforço estrutural desenvolvido por pesquisadores do Instituto Coreano de Engenharia Civil e Tecnologia de Construção (KICT), usando uma malha de carbono não inflamável e uma argamassa de cimento 50% reforçada com escória de alto-forno (um subproduto da produção de ferro gusa, que é seco e moído).

O produto foi pensado para a situação da Coreia do Sul (mais de 90% da infraestrutura do país foi erguida em concreto, de edifícios a pontes, postes e túneis), mas pode ter aplicações em qualquer lugar.

Hoje, para reparar estruturas, são usadas folhas de fibra de carbono normalmente aplicadas ao concreto deteriorado usando-se adesivos orgânicos, que têm a desvantagem de serem inflamáveis e ainda contraindicados para superfícies úmidas (elas descolam e podem cair de onde estiverem fixadas).

Como são fabricadas as placas de TRM (na figura a, pode-se ver a malha de carbono).Como são fabricadas as placas de TRM (na figura a, pode-se ver a malha de carbono).Fonte:  Materials/Young-Jun You et al/divulgação 

Adesivo à prova d'água

O método desenvolvido pelo engenheiro de materiais Hyeong-Yeol Kim e equipe usa folhas de carbono, mas em forma de grade têxtil, inseridas em painéis de argamassa pré-moldada (textile reinforced mortar, ou TRM) de dois metros quadrados e 20 milímetros de espessura.

Eles são fixados à superfície que precisa de reparos com argamassa de cimento, em vez de adesivos orgânicos. Seu uso ainda se estende a construções pré-moldadas, reduzindo os custos em 40% e melhorando a resistência ao fogo.

As placas de TRM são fixadas em uma estrutura com o concreto degradado.As placas de TRM são fixadas em uma estrutura com o concreto degradado.Fonte:  Materials/Young-Jun You et al/divulgação 

Os painéis, aplicados em superfícies molhadas, não sofrem corrosão nem pelo sal do mar. Nos testes realizados no KICT, mesmo exposta à maresia, o material suportou o dobro da carga de similares sem a malha de carbono; sua vida útil calculada é superior a um século.

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