Ciência

Mercados cinzas vendem testes negativos de covid-19

Principais clientes seriam cidadãos com interesse em viajar internacionalmente

Avatar do(a) autor(a): Adriano Camacho

12/11/2020, às 19:00

Mercados cinzas vendem testes negativos de covid-19

Fonte:  Pexels 

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Na última semana, a polícia francesa prendeu sete pessoas vendendo certificados com resultados negativos de covid-19 no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, de acordo com a Associated Press. A notícia motivou as autoridades a emitir um aviso sobre o tipo de conduta. Sendo um risco de saúde pública, os certificados custavam entre US$ 180 e US$ 360 (cerca de R$ 980 e R$ 1960, respectivamente, em câmbio direto). Ainda não foi confirmado se a natureza das operações se trata de uma máfia ou de pequena escala. 

Europa atualmente enfrenta segunda onda de infecções pelo coronavírus. (Fonte: Pexels)Europa atualmente enfrenta a segunda onda de infecções pelo coronavírus. (Fonte: Pexels)

Caso condenados, os suspeitos poderão enfrentar pena de até 5 anos, com fiança de centenas de dólares. Em entrevista ao The Lancshire Telegraph, um homem anônimo confessou ter efetuado a compra para viajar ao Paquistão, alegando dificuldade de acesso e agendamento dos testes para trabalhadores não essenciais exigidos pelos aeroportos, especialmente com viagens de última hora. "Você pode simplesmente obter o teste negativo e alterar tanto o nome quanto a data de nascimento para os seus próprios," ele comentou.

Burocracia necessária

Nesse mesmo contexto, o homem anônimo concluiu afirmando que qualquer passageiro com sintomas do novo coronavírus enfrentam ainda mais dificuldades no agendamento dos testes de prevenção e identificação, tornando as viagens essencialmente impossíveis. A natureza da discussão sobre a burocracia na saúde pública, em detrimento dos planos pessoais, aprofunda-se ao considerar que outro viajante anônimo afirmou que guardas britânicos ofereceram testes negativos para facilitar o processo de viagem.


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Por Adriano Camacho

Especialista em Redator

Escreve para o TecMundo desde 2020.