94,7% dos voluntários não tiveram efeitos adversos com CoronaVac
Informação baseada em resultados de testes de mais de 50 mil voluntários do país asiático foi divulgada por João Doria, governador de São Paulo
23/09/2020, às 14:20
)
Fonte: Reprodução
Imagem de 94,7% dos voluntários não tiveram efeitos adversos com CoronaVac no tecmundo
Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria, divulgou dados dos testes da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Segundo ele, 94,7% dos 50.027 voluntários na China não apresentaram efeito adverso após receberem a substância, sendo que efeitos de grau considerado baixo, como dores leves no local da aplicação, fadiga e febre moderada, foram identificados em apenas 5,36% dos participantes.
"Efeitos adversos de baixa gravidade para uma minoria de pessoas são comuns em vacinas amplamente utilizadas. A vacina da gripe, por exemplo, produzida aqui pelo Instituto Butantan, apresenta efeitos pouco nocivos, como dor no local da aplicação, e não mais do que 10% dos que são vacinados apresentam reação dessa natureza", explicou Doria. "Além de segura, a CoronaVac está se mostrando altamente eficiente. Na China, ela apresentou 98% de eficiência na imunização das pessoas que foram testadas".
Ainda não se sabe qual é o nível de eficácia real, já que tais informações, de acordo com Doria, serão divulgadas após a inclusão dos dados referentes aos testes de 9 mil profissionais de saúde voluntários que receberam duas doses, quantidade supostamente necessária para proteger o organismo contra o Sars-CoV-2. Parte deles ainda espera a segunda aplicação, mas o número total deve ser ampliado para 13 mil no país, incluindo grupos de risco, como idosos e crianças.
Governador de São Paulo João Doria divulgou dados em entrevista coletiva.
Planos e negociações
Ressaltando a necessidade de aguardar a finalização da terceira fase de testes no Brasil, Doria informou também a quantidade de doses encomendadas: "Até 31 de dezembro, teremos 46 milhões de doses da CoronaVac, e até 28 de fevereiro, 60 milhões de doses, o que é suficiente para a imunização de todos os brasileiros de São Paulo".
Entre os planos, foram apontadas discussões com o Ministério da Saúde quanto à distribuição. De qualquer modo, ressaltou o governador, não está descartada a execução de um plano alternativo: "O que eu posso garantir é que os brasileiros que residem em São Paulo não vão ficar sem a vacina".
"Já fizemos negociações com o Ministério da Saúde para comprar mais 40 milhões de doses dessa mesma vacina para permitir a vacinação de brasileiros de outros estados e esperamos que, com o sucesso da vacina de Oxford e outras, o governo federal possa vacinar a totalidade dos brasileiros no menor tempo possível", declarou.