Sentir o cheiro de cores pode ser uma vantagem evolutiva

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Regiõies do cérebro ativadas na sinestesia cor-grafema (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

Pesquisadores acreditam que a sinestesia – uma condição neurológica que associa planos sensoriais diferentes, como visão e olfato – pode ter surgido para melhorar o conhecimento humano, além de ser uma vantagem evolutiva.

David Brang e Vilayanur Subramanian Ramachandran divulgaram seu estudo na revista científica PLoS Biology, em que ambos tentam estudar o fenômeno em termos de biologia e artes. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Os cientistas demonstraram que a sinestesia é um fenômeno autêntico e repetitivo com uma base sensorial, em vez de ser um efeito “alucinado” por regiões superiores do cérebro. Sua causa ainda é desconhecida, mas é consenso que essa condição não é considerada uma doença mental.

Cores e números

Os pesquisadores tiveram como base de estudo a sinestesia cor-grafema, em que as pessoas associam letras e números com cores específicas. Eles sugeriram que isso ocorre através do cruzamento entre partes separadas do cérebro envolvidas com cores e números.

É essa “comunicação” entre as áreas separadas do cérebro que permitiu à humanidade ter ideias fora do comum. Uma possível comprovação disso vem do fato que, supostamente, a sinestesia é sete vezes mais comum em artistas do que no restante da população.

Pensamentos loucos

Segundo o Dr. Ramachandran, se as ideias e conceitos também estão em regiões diferentes do cérebro, uma pessoa com sinestesia teria maior propensão a ligar pensamentos aparentemente sem relação.

Isso seria possível caso o gene da sinestesia estivesse disseminado por todo cérebro, e não apenas nas regiões de cores e números. Essa “função oculta” de fazer a população mais criativa seria uma possibilidade de explicar porque esse gene sobreviveu.

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