Aumento de temperatura em Plutão gera expansão de geleiras

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Imagem: NASA/Reprodução

Uma nova pesquisa forneceu, pela primeira vez, evidências do comportamento de metano e nitrogênio sólidos no processo de construção da superfície de Plutão. No caso, cientistas observaram mudanças na densidade das moléculas como resposta a temperaturas mais quentes, cuja variação levaria à movimentação desses componentes responsáveis por expandir geleiras no planeta anão.

Intitulado “Re-examining the crystal structure behaviour of nitrogen and methane”, o estudo foi publicado na IUCrJ journal, revista de ciências e tecnologia. Como ponto inicial, seus pesquisadores partiram da análise de dados da sonda New Horizons, da NASA, que há cinco anos mapeia o local e envia imagens da presença de grandes estruturas congeladas.

Em seguida, eles recriaram em laboratório as condições de Plutão, através de fornos criogênicos e difratômetro de nêutrons de alta intensidade, chamado de Wombat. A conclusão foi a de que mudanças na densidade de ambas moléculas explicam a glaciologia da paisagem.

Imagens de Plutão fornecidas pela sonda New HorizonsImagens de Plutão fornecidas pela sonda New HorizonsFonte:  Space/Reprodução 

Localizado a bilhões de quilômetros da Terra, o planeta anão leva 248 anos terrestres para completar sua órbita ao redor do Sol. Logo, é caracterizado por um clima extremamente frio, com variação da temperatura entre -250 °C e -220 °C.

Essa variação acontece sazonalmente, de forma que durante estações mais quentes há a expansão de geleiras, devido justamente ao aumento de temperatura. “A movimentação das moléculas de metano e nitrogênio está ligada à organização de suas estruturas cristalinas, razão pela qual pode ser capaz de responder perguntas sobre essas paisagens incomuns”, disse em comunicado Helen Maynard-Casely, cientista planetária do Australian Nuclear Science and Technology Organisation (ANSTO), líder do novo estudo.

“Acabou o pensamento de que Plutão é um mundo morto. A New Horizons obteve evidências de que o planeta anão foi geologicamente ativo ao longo de seus 4 bilhões de anos de vida”, completou Maynard-Casely.

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