NASA vai usar sondas espaciais com IA na busca por vida em Marte

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Imagem: NASA/Divulgação

A NASA vai usar um sistema de inteligência artificial em sondas espaciais para procurar sinais de vida em Marte e outros planetas, a partir das próximas missões. O anúncio foi feito nessa quinta-feira (25), durante a conferência de Geoquímica Goldschmidt.

De acordo com a agência espacial americana, o sistema inteligente poderá identificar assinaturas geoquímicas de vida nas amostras colhidas no planeta vermelho. Após este trabalho inicial, o equipamento só enviará os dados para o controle da missão, na Terra, quando encontrar algo realmente importante.

O algoritmo já passou por treinamentos que incluíram a análise de centenas de amostras de rochas e milhares de comprimentos de onda de radiação. E os primeiros resultados foram animadores, pois ao processar um espectro de um composto desconhecido, ele conseguiu categorizá-lo com até 94% de precisão, além de combiná-lo com amostras vistas anteriormente em 87% das vezes.

Os próximos robôs em Marte poderão decidir quais dados enviar para a Terra.Os próximos robôs em Marte poderão decidir quais dados enviar para a Terra.Fonte:  NASA/Divulgação 

Agora, o objetivo é refinar a inteligência artificial ainda mais, para que ela possa estar presente na missão ExoMars, com lançamento entre 2021 e 2023. A NASA também quer utilizar as sondas espaciais inteligentes nas futuras missões às luas de Saturno e Júpiter.

Economia de tempo e dinheiro

Enviar à Terra os dados dos robôs em Marte custa tempo e dinheiro, sobrecarregando o trabalho dos astrônomos. Mas isso vai mudar com o novo sistema, de acordo com o pesquisador do Centro de Voos Espaciais da NASA Eric Lyness.

“Ao usar a IA para fazer uma análise inicial dos dados após a coleta, antes de serem enviados de volta à Terra, a NASA pode otimizar o que recebemos, aumentando muito o valor científico das missões espaciais”, revelou o cientista.

Já para a líder da pesquisa Victoria Da Poian, a novidade dá um “passo visionário na exploração espacial”, mostrando que os computadores podem ter a mesma capacidade que o homem para tomar decisões prioritárias.

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