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Ciência

Baleias encalhadas agora podem ser encontradas por satélites

Cientistas podem localizar as carcaças com mais rapidez e descobrir as possíveis causas da morte dos animais

schedule23/10/2019, às 06:00

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Uma equipe de pesquisadores está trabalhando para conseguir identificar, através de imagens de satélite, corpos de baleias encalhadas. A técnica utiliza aprendizado de máquina para encontrar as carcaças dos animais com mais facilidade e precisão.

Imagem de satélite de uma baleia encalhada (Fonte: Gizmodo/Reprodução)
Imagem de satélite que mostra uma baleia encalhada. (Fonte: Gizmodo/Reprodução)

O time, liderado por Peter Fretwell, da British Antarctic Survey, analisou imagens de satélites para identificar se determinada forma correspondia ou não a uma baleia. Nos casos em que havia certeza, a foto passou por um processo de análise dos comprimentos das ondas de luz que apareciam nas fotos.

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"É importante aproveitar os avanços tecnológicos humanos para fazer um trabalho melhor, para entender e proteger o mundo natural", disse Jennifer Jackson, filogeneticista molecular da British Antarctic Survey, ao Gizmodo.

A pesquisadora destacou as vantagens que imagens de satélite podem oferecer e explicou que, quando o monitoramento é feito dessa maneira, é possível conseguir os dados assim que o animal é identificado, antes que as carcaças possam ser movidas por forças naturais. Outro ponto positivo é que os registros podem auxiliar a identificar as causas de morte das baleias.

Agilidade e precisão

Pesquisas como essa podem ajudar a entender alguns fenômenos, como o ocorrido no Chile em 2015. Na ocasião, ao menos 343 baleias foram encontradas mortas na costa do país. A descoberta dos corpos aconteceu por acaso, durante um voo de pesquisa sobre uma região remota e acidentada, algum tempo depois de os animais encalharem. Com isso, foi difícil entender o que causou a morte de tantos indivíduos.

Pesquisadores estudando a carcaça de uma baleia-sei (Fonte: Gizmodo/Reprodução)
Pesquisadores estudando a carcaça de uma baleia-sei. (Fonte: Gizmodo/Reprodução)

Agora, com os satélites ajudando na localização dos cetáceos, os pesquisadores podem chegar ao local assim que o corpo for detectado. Para o diretor-executivo do Centro de Estudos Avançados de Zonas Áridas no Chile, Carlos Olavarría, quanto antes se chega às carcaças, mais fácil é para entender a causa da morte.

"É pouco usual que haja muitas baleias morrendo em apenas um lugar específico", explicou Olavarría ao Gizmodo. "Isso nos diz que há algo acontecendo em todo o ambiente. Precisamos estar mais próximos do momento que esses animais morrem, de modo que possamos saber o que está acontecendo em todo o ambiente ao redor deles".